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Superfofo Pufes e enchimentos

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sábado, 10 de outubro de 2009

Vamos utilizar mais o blog .

Vamos utilizar mais o blog pessoal ! Esse espaço é nosso. Aqui podemos nos expressar livremente, nos ajudar, interagir de forma rápida e dinâmica. O blog é nosso. Vamos utilizá-lo.
Abraços. Ricardo.

sábado, 19 de setembro de 2009

Contabilidade e análise de custos "Dicas para resolver os exercícios"

Oi pessoal ! Tá todo mundo de cabelo em pé com esses exercícios do professor AriEvaldo, tenho umas dicas para a turma :
1 - A primeira coisa a fazer é desenhar o quadro do DRE (Demonstrativo do resultado do exercício) Tem que decorar o quadro todo na cabeça. São quatro colunas :
1 - Sinais: + --=-=-=
2 - Contas : Receita por vendas , Custo do produto vendido, Imposto,Lucro bruto, Despesas administrativas e comerciais, Lucro antes do Imposto de renda (LAIR) Imposto de renda Lucro fial.
3 - Valores
4 - percentuais.

Depois encontrar os valores do Custo e das Despesas (Custo não é despesa)
Em seguida soma-se estes 2 valores encontrando-se o CPV.

O enrolado é agora:
Este valor que voce encontrar é apenas uma parte do preço final do produto, e as contas a seguir são para descobrir quanto por cento esse valor representa do preço final do produto.
Como ?
Ora, se o preço final é 100% e voce sabe que destes 100% voce terá que tirar 28% dos impostos(IPI+ICMS) o percentual de lucro que o exercício pede (digamos que seja 10%) e o imposto de renda que sempre é o valor do lucro dividido por 4 ou seja 2,5 %então basta fazer a conta 100-28-10-2,5 = 59,5 % que é o valor dos custos + as despesas. suponhamos que custos + despesas = 20,00 então sabemos que 57% do preço final é 20,00 logo 100% = 20,00x1000/59,5 =33,60
Que valor é esse ? Ora esse é valor chave ! é o preço do produto já com impostos lucro e imposto de renda. O que vem confundindo é que o professor costuma fazer todos os cálculos de percentual utilizando regra de 3, não precisa... é só voce colocar esse valor lá do DRE na receita por vendas. depois escreve o valor dos custos,(já achado no início do problema) extrai 28% do valor da receita por vendas (33,60) será o valor do imposto, extrai 10% será o lucro, extrai 2,5% será o IR (observe que todos os percentuais agora são relativos ao valor da receita por vendas)
o LAIR será sempre a soma dos percentuais do lucro final + IR no caso 12,5 % agora resta encontrar os valores percentuais do CPV basta multiplicar o valor do CPV por 100 e dividir pela receita de vendas e assim fazer com os valores do lucro bruto e do DAC .

É isso aí. Comece sempre preenchendo no quadro os valores já conhecidos.
A matéria não é difícil basta utilizar mais a calculadora e entender a lógica dos cálculos iniciais e lembrar-se sempre que todos os percentuais que aparecem no DRE são relativos ao valor da Receita de vendas.

Abraço pessoal.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Artigo base para o trabalho de contabilidade: A importância da interligação das contabilidades financeira de custos e gerencial.do site do professor.

APLICAÇÃO DA CONTABILIDADE E SEUS DESDOBRAMETOS
A contabilidade foi aos poucos se transformando em um importante
instrumento para se manter um controle sobre o patrimônio da empresa e
prestar contas e informações sobre gastos e lucros tanto ao ambiente interno
como externo. Encontra-se atualmente dividida entre contabilidade de custos,
gerencial e financeira, mas todas se direcionam para um mesmo fim, que é
manter a saúde da empresa, proporcionando segurança em suas ações
presentes e futuras. Ela é fundamental dentro de uma empresa, direcionando
seus negócios e monitorando seus custos e despesas além de fornecer
informações ao ambiente externo, principalmente aos órgãos reguladores,
como o Estado, com a qual as empresas precisam prestar contas.
Até meados do século XVIII, a Contabilidade servia como uma forma de medir
e controlar o patrimônio do proprietário, isso em função dos modelos de
empresa da época que eram voltados basicamente para a agropecuária, o
comércio e a fabricação de produtos de forma artesanal. Porém, com o passar
dos anos, foram surgindo outros modelos de empresas, como as grandes
corporações, inclusive as multinacionais. A utilização da contabilidade,
portanto, se tornava a partir daí, fundamental passando a ser utilizada como
um importante instrumento para se manter um controle sobre o patrimônio da
empresa e prestar contas e informações sobre gastos e lucros tanto ao
ambiente interno como externo. A contabilidade passa assim a ser considerada
como uma ferramenta fundamental na tomada de decisões dentro da empresa.
Seu desdobramento conforme citado, contempla as diversas atividades
patrimoniais, cada qual desempenhando seu papel específico, mas ligadas
para um mesmo fim, o produto industrial, comercial ou serviço e a saúde da
empresa.
O autor tem argumentado em suas apresentações sobre o tema uma
conceituação bastante própria de sua experiência, caracterizada na aplicação
às médias e grandes sociedades mercantis, onde a obediência das normas
legais se aplica de forma preponderante, tornando o nosso estudo mais eficaz
e eficiente, atingindo a satisfação plena. Com a riqueza de informações obtidas
nestas empresas o conceito amplo da contabilidade passou a ser defendida
como um conjunto de conhecimentos ordenados que visam controlar o
patrimônio das entidades, registrando os fatos administrativos nos livros legais,
gerando os relatórios para analise econômico e financeira dos administrados e
tomada de decisão dos múltiplos usuários.1
1 Lima, Arievaldo Alves de. Contabilidade Geral. LTC/Grupo GEN / Estácio Superior, Rio de
Janeiro, 2008. Esta obra faz parte do “Programa do Livro Universitário”, lançado solenemente
pela Universidade Estácio de Sá em fevereiro de 2008, no Campus Tom Jobim, no Rio de
janeiro. http://www.livrouniversitario.com.br
© 2008 PROF. ARIEVALDO ALVES DE LIMA APLICAÇÃO DA CONTABILIDADE
http://www.grupoempresrial.adm.br 2/6/2009 12:45:02 Página 2 de 4
Contabilidade financeira
Quando bem administrada, seguindo os pressupostos aplicados pela lei
fornece informações aos usuários externos expressas em relatórios
denominados de demonstrações contábeis, se preocupando com a parte legal,
estrutural da empresa. Os aspectos legais do produto e sua comercialização do
mercado. Os gestores das empresas estão cada vez mais conscientes da
importância da qualidade dos produtos e serviços oferecidos aos seus clientes
externos. E, por sua vez, os contadores se tornaram mais sensíveis à
qualidade e utilidade da informação contábil solicitada pelos gestores. É nessa
relação, que a contabilidade, a partir de suas informações contábeis se tornou
um importante instrumento para auxiliar os dirigentes, no planejamento,
controle e nas decisões a serem tomadas através do orçamento, de seu
registro sistemático das transações ocorridas e seu papel na avaliação do
desempenho. Sendo, o principal meio de auxílio na administração de cada
atividade da empresa.
No mundo competitivo de hoje, o uso efetivo da Contabilidade como elemento
da estratégia competitiva é primordial, e neste contexto, passam a serem
necessários sistemas integrados que possibilitem a obtenção de informações
consistentes, em tempo real, de todas as áreas das entidades, permitindo o
fluxo de informações entre todas as atividades.
Contabilidade de custos
Considerada como o termômetro da empresa, suas especificações são de
suma importância para várias tomadas de decisão, fornecendo dados tanto
para a contabilidade gerencial quanto para a contabilidade financeira. Seu
objetivo é mensurar e relatar informações financeiras e não financeiras
relacionadas à aquisição e ao consumo de recursos pela organização, como, a
apuração dos custos dos produtos vendidos, a avaliação dos estoques, a
apuração dos resultados, etc.
No aprendizado da contabilidade de custos, existem vários métodos para a
apropriação dos gastos, todos úteis e importantes para o controle das
aplicações do capital e comparação com o orçamento elaborado pela área
especifica. O valor real da contabilidade de custos está na sua capacidade de
prover dados de custos significativos, com presteza suficiente para permitir,
aos gestores, tomar rapidamente ações corretivas, quando forem encontradas
situações desfavoráveis ou quando houver oportunidades favoráveis de
mudanças.
© 2008 PROF. ARIEVALDO ALVES DE LIMA APLICAÇÃO DA CONTABILIDADE
http://www.grupoempresrial.adm.br 2/6/2009 12:45:02 Página 3 de 4
Contabilidade gerencial
Aplicada de forma a fornecer informações aos usuários internos (diretores,
gerentes, associados, trabalhadores e etc.), que se destinam à tomada de
decisões especiais, como o orçamento de capital, a maximização de lucro na
combinação de produtos, ampliação do investimento, entre outras. Tendo seu
enfoque na comercialização do produto e no mercado que irá atingir. As
empresas devem utilizá-la para direcionar seus negócios. Porém, não deve
restringir-se apenas aos usuários internos, pois cada vez mais tem se tornado
necessário transmitir informações contábeis também às partes externas, como
fornecedores e clientes. Sua missão principal é ajudar os gestores a tomar
melhores decisões e para isso precisam focar-se no cerne principal da
administração que tem como temas-chave: a satisfação do cliente, a redução
de custos, a melhoria da qualidade, agilidade na entrega dos produtos,
inovação com novos produtos ou serviços, foco nos ambientes internos e
externos e a melhoria contínua, etc. É preciso então, que os contadores
estejam atentos e atualizados quanto às mudanças no campo da
administração.
© 2008 PROF. ARIEVALDO ALVES DE LIMA APLICAÇÃO DA CONTABILIDADE
http://www.grupoempresrial.adm.br 2/6/2009 12:45:02 Página 4 de 4
Vamos, agora, a um pequeno exemplo desta integração:2
AIRBUS ADM
1. Contabilidade Financeira
ordem Fato administrativo Valor
01 Formação inicial do capital social em moeda corrente do pais 1.000,00
02 Compra matéria prima para produção a vista 500,00
03 Apropriação do ICMS sobre as compras 18%
04 Transferência da matéria prima para produção 410,00
05 Apropriação de salários a pagar no mês seguinte. Previdência Social retida 10% 200,00
06 Apropriação dos encargos sociais e trabalhistas 64,25%
07 Transferência das despesas e encargos para custos referentes Mao de Obra 75%
08 Pagamento de despesas diversas (energia, locação, outros) 80,00
09 Transferência das despesas gerais para gastos gerais da fabrica 50%
10 Transferência da fabrica referente custo dos produtos fabricados 100%
11 Venda de mercadorias acabadas a prazo ICMS = 18% 1.300,00
12 Inventário físico das mercadorias 120,00
2. Contabilidade de Custos3
04 Transferência da matéria prima para produção 410,00
07 Transferência das despesas e encargos para custos referentes Mao de Obra 75%
09 Transferência das despesas gerais para gastos gerais da fabrica 50%
10 Transferência da fabrica referente custo dos produtos fabricados 100%
Referente a 1.394 unidades
3. Contabilidade de Gerencial4 modelo dos demonstrativos para analise.
a) Demonstrativo de Resultados b) Balanço Patrimonial
Conta Valor AV % Ativo Valor
e %
Passivo Valor e
%
+ Vendas 100,0 Circulante 40,0 Circulante 30,0
- CMV
- Impostos
= LB
- DAC Não circulante 60,0 Não circulante 70,0
= LAIR
- IR 20%
= Lucro Final 10,0 Total 100% Total 100%
2 Sugiro a leitura do livro de Contabilidade Geral, Lima, Arievaldo Alves de. LTC / GEN / Estácio
Superior, 2008. A padronização das contas neste exemplo deve ser seguida através do Plano de
Contas. O livro esta disponível também em sinopse no formato digital.
3 Para melhor aprendizado sobre o tema, sugiro acessar o digrama com a formação dos custos
http://www.grupoempresarial.adm.br/download/uploads/Diagrama%20do%20Preco%20de%20Vend
a_M5_AR.pdf
4 Para melhor aprendizado sobre o tema, sugiro acessar a composição do Balanço Geral
http://www.grupoempresarial.adm.br/download/uploads/Balanco%20Geral%20conceito%20amplo_M
4_AR.pdf
Observar na composição do resultado final do exercício os gastos totais foram compostos com 40%
fixos e 60% variáveis (Vendas – lucro final).

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Agora a volta é prá valer.

Olá caros colegas estudantes de ADM de todos as partes do Brasil. Depois dessas férias prolongadas em virtude da Pandemia de gripe suína, devemos nos preparar para uma verdadeira maratona de estudos, sim, pois teremos que recuperar o tempo perdido e correr atrás. O nosso Blog estará no ar com novas postagens sempre abordando os temas mais importantes e de maior complexidade das disciplinas ministradas no terceiro período. Caso você que é estudante de ADM de qualquer ponto do Brasil queira utilizar o nosso Blog, será muito bem vindo basta mandar o seu e-mail na compo "comentários"que em seguida lhe será enviado um convite que lhe dará oportunidade de postar no Blog já que as grades diferenciam de turma para turma. Vamos nos unir e fazer deste espaço uma importante ferramenta de estudos e pesquisas para todos os estudantes de ADM que tenham o sucesso como o seu principal objetivo.

Ricardo da Fonte Alcantara

sábado, 8 de agosto de 2009

Atenção que tem matéria !

Olá pessoal!
Vasculhando o campus virtual verifiquei que nas pastas dos professores de Gestão de processos e Estatística tem uma quantidade considerável de matéria. Em Gestão de processos o professor editou a apostila e um questionário e em estatística há a aula inaugural. Acho que não podemos ficar de braços cruzados só porque as aulas estão suspensas (por motivo de força maior). Temos que fazer a nossa parte estudando as matérias disponíveis e até exigindo que os demais professores disponibilizem as matérias, como esses fizeram, pois os maiores interessados somos nós.
Ricardo da Fonte Alcantara.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

QUERIDA ESTICARAM AS FÉRIAS !

É isso mesmo pessoal !
As nossas férias foram extendidas até o dia 17/08 por ordem do ministro da saúde.
Vamos curtir as férias extras...
É isso ! até lá então.
Beijos e abraços para todos.
Ricardo da Fonte Alcantara

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Primeira aula de Contabilidade P/ quem faltou

Aí vai a matéria de segunda:

Diagrama de formação de preços

Tirar no site doprofessor (Este site vai ser o apoio das aulas)
http://www.grupoempresarial.adm.br
Sav (sala de aula virtual) cc - artigosDiagrama de formação de preços
Exercícios
Rações balanceadas Falcão
Este exercício será a primeira avaliação. (Não deixe de fazer)


Preço de venda

PV= Custos +Impostos+Lucro+Despesas

Onde

Custo
* Direto
* Indireto

* Direto

Material + Mão de obra


* Indireto

Gastos Gerai de Fabricação (GGF) + M d o Indireta

Custos podem ser :

* Fixos
* Variáveis

Impostos: Valores devidos ao Estado

ICMS.................18%
IPI.....................10%
ISS ...................5%
IR .....................20%

Lucro:

Valor determinado pela administração da empresa como retorno do investimento
( Mark-up)

Despesa:

Gastos para a distribuição do produto

Administrativas
Comerciais

Além das devidas explicações o professor deixou uma xerox que depois eu passo para todos.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

3° PERÍODO - GARRA - SUCESSO

Vamos iniciar o 3° período do curso de administração, nem todos os participantes do blog estarão com a mesma grade, mas isso não os impede de utilizar o blog, todos podem postar as matérias que sejam de suas grades e do seu interesse. Se nos separamos em algumas disciplinas isso não significa que o grupo se desfez, continuaremos no mesmo caminho e com o mesmo objetivo.
Considero que o nosso blog é um grande sucesso, já que em apenas pouco mais de 4 meses já recebeu mais de 1300 visitas, isso demonstra o quanto é útil e importande a nossa página, para os estudantes de todoas as partes do Brasil. Vamos todos ser autores e participar ativamente da elaboração e manutenção desse espaço, tenho certeza que no futuro os autores desse blog terão um currículo invejável e o seu nome na história do estudo da administração no Brasil.

Ricardo da Fonte Alcantara

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Mas tem que ter saco !

Mas tem que ter saco !

Decretaram guerra às sacolas de supermercados. Afinal , estão poluindo a natureza. Sacolas de supermercados são uma praga, não se pode filmar um lixão que lá estão elas espalhadas por todos os lados. Nas ruas não se vê outra coisa,principalmente nos dias de coleta de lixo, bolsas de supermercados cheias de lixo. Pois é, querem acabar com elas .... Mas... onde colocaremos o lixo para ser recolhido pelo lixeiro se não tivermos as sacolas de supermercados ? Voltaremos ao velho sistema de latas de lixo cheias até a boca para os lixeiros despejarem dentro do caminhão ? Que nojo heim ? Depois, é claro, teremos que lavar as latas de lixo que, sem dúvida, ficarão impregnadas de matéria orgânica, óleos ,gordura e outras coisitas mais... Aí vamos ter que lavar com água e sabão . Duas desgraças: Vamos desperdiçar água e poluir mais ainda o meio ambiente com sabão. Ou então vamos ser práticos e passar a comprar sacos plásticos para lixo; que boa idéia... sem sujeira, nada de gastar água para lavar latas de lixo. Resolvido o problema,e eu acabei de ter outra grande idéia: Se ,por acaso, as sacolas de supermercados forem mesmo proibidas (olha que gênio que eu sou) podemos comprar, de ante-mão, saquinhos de lixo e levarmos conosco para o supermercado quando formos fazer compras, para trazermos as compras dentro deles para casa e aproveitar os mesmos sacos para colocar o lixo para lixeiro...É...não precisamos nos preocupar mais com as sacolas de supermercados, mas e o saco do arroz ? E o saco do feijão? E o saco do açúcar ? E o saco do sal ? E o saco do macarrão ? E o saco do fubá ? E o saco da farinha ? E o saco do biscoito ? E o saco da ração do cachorro ? E o saco dos hortifruti ? E o saco dos salgados ? E o saco das carnes ? E o saco do sabão ? E o saco do leite? E o saco E o saco E o saco E o saco E o saco E o saco E o saco E o saco E o saco E o saco E o saco E o saco E o saco????????????????????????????????????????????????????????????????????????????
Olha só...eu resolvi o problema das sacolas de supermercados , agora os outros sacos plásticos que acabam poluindo a natureza, outras pessoas que resolvam. Pô será que eu tenho que fazer tudo sozinho ? Áh....sai fora...

Ricardo da Fonte Alcantara 03/09

sábado, 20 de junho de 2009

Final do período.

Caros colegas de classe e todos os que acompanham o nosso blog em busca de auxílio nos seus estudos, terminamos o segundo período e espero sinceramente que as postagens do blog tenham sido úteis. Como todos puderam perceber, o blog sempre esteve focado nas matérias mais importantes, mais complicadas e naquelas nas quais a maior parte da turma encontrou dificuldades. Todas as postagens foram obtidas através de pesquisa prévia, hora na wikipédia, hora em matérias postadas em outros sites, mas todas oriundas de fontes seguras. O blog foi sempre utilizado de forma séria e com apenas um objetivo: Servir de apoio para os nossos estudos e pesquisas.
No terceiro período pretendo continuar o blog com o mesmo entusiasmo e seriedade e espero poder contar com os colaboradores com postagens relevantes no nosso processo de aprendizagem. No terceiro período,certamente, encontraremos matérias mais avançadas que exigirão mais pesquisas e afinco nos estudos e o blog continuará sendo uma importante ferramenta a nosso favor, mas precisamos nos unir mais em torno desse espaço para torná-lo cada vez mais útil para nós e outros estudantes de todas as partes do Brasil.
Abraços para todas e boas férias.


Ricardo da Fonte Alcantara

20 de junho de 2009.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Desenvolvimento organizacional/Matéria da AV 2 de TGA

Cultura organizacional ou teoria do Desenvolvimento Organizacional (D.O.)
Desenvolvimento Organizacional é um desdobramento prático e operacional da Teoria Comportamental a caminho da abordagem sistêmica. Consideramos como precursor deste movimento teórico Leland Bradford, autor do livro “T-Group Theory and laboratory methods” (Nova York, 1964). Essa teoria representa a fusão de duas tendências no estudo das organizações: o estudo da estrutura de um lado, e o estudo do comportamento humano nas organizações de outro, integrados através de um tratamento sistêmico. Os diversos modelos de D.O. consideram basicamente quatro variáveis: 1) o meio ambiente, focalizando aspectos como a turbulência ambiental, a explosão do conhecimento, a explosão tecnológica, a explosão das comunicações, o impacto dessas mudanças sobre as instituições e valores sociais, etc.; 2) a organização, abordando o impacto sofrido em decorrência da turbulência ambiental e as características necessárias de dinamismo e flexibilidade organizacional para sobreviver nesse ambiente; 3) o grupo social, considerando aspectos de liderança, comunicação, relações interpessoais, conflitos, etc.; e 4) o indivíduo ressaltando as motivações, atitudes necessidades, etc. Os autores salientam essas variáveis básicas de maneira a poderem explorar sua interdependência, diagnosticar a situação e intervir em variáveis estruturais e em variáveis comportamentais, para que uma mudança permita a consecução tanto dos objetivos organizacionais quanto individuais. Portanto, a ênfase é dada na gestão de pessoas e processos.

[editar] Cultura Organizacional
A cultura é o que dá identidade ao homem, interfere em seu caráter, molda suas crenças e explica o mundo. Empresa é uma organização baseada em normas, visa a dominação do mercado por meio de vendas de bens e serviços, para esse fim é necessário ajustar-se aos stakeholders, ou seja; as pessoas mais envolvidas ou interessadas na organização: clientes, acionistas, governo, funcionários, fornecedores, associações, concorrência, sindicatos, etc. Em toda organização existem códigos informais que ratificam ou anulam os regulamentos, algumas leis são burladas, e isso pode comprometer o andamento da própria empresa. Criou-se então a cultura organizacional que tenta ajustar as manifestações de cultura, já que é difícil modificar o núcleo de crenças e pressupostos básicos, dentro das organizações. Os problemas importantes são: 1-NÍVEIS: a cultura organizacional existe em uma variedade de níveis diferentes, refere-se tanto às crenças e pressupostos, ao funcionar interno, quanto à forma como a organização encara os problemas do ambiente externo. 2-INFILTRAÇÃO: relacionamentos, crenças, ponto de vista sobre os produtos, as estruturas, os sistemas, a meta, formas de recrutamento, socialização e recompensas. 3-IMPLÍCITO: modificar coisas implícitas do pensamento e do comportamento das pessoas. 4-IMPRESSO: raízes históricas têm grande peso na administração presente e futura das organizações. 5- POLÍTICO: conexão entre cultura organizacional e a distribuição de poder na empresa. Grupos que têm seu poder relacionado à creças e pressupostos. 6-PLURALIDADE: diferentes subculturas, mais de uma cultura organizacional dentro da mesma empresa. 7-INTERDEPENDÊNCIA: a cultura está conectada a: política, estrutura, sistemas, pessoas e prioridades.

[editar] As Mudanças e a Organização
O conceito de Desenvolvimento Organizacional está intimamente ligado aos conceitos de mudança e de capacidade adaptativa da organização à mudança. O D.O. parte de conceitos dinâmicos como estes apresentados abaixo:
Conceito de Organização
Uma organização é a coordenação de diferentes atividades de contribuintes individuais com a finalidade de efetuar transações planejadas com o ambiente. Toda organização atua em determinado meio ambiente e sua existência e sobrevivência dependem da maneira como ela se relaciona com esse meio. Assim, ela deve ser estruturada e dinamizada em função das condições e circunstâncias que caracterizam o meio em que ela opera.Os autores do D.O. adotam uma posição antagônica ao conceito tradicional de organização, salientando as diferenças fundamentais existentes entre os Sistemas Mecânicos (típicos do conceito tradicional) e os Sistemas Orgânicos (abordagem do D.O.). Vejamos o quadro abaixo:
Sistemas Mecânicos (Abordagem Tradicional)
A ênfase é exclusivamente individual e nos cargos 2x2
Relacionamento do tipo autoridade e obediência
Rígida adesão à delegação e à responsabilidade dividida
Divisão do trabalho e supervisão hierárquica rígidas
Tomada de decisões centralizada
Controle rigidamente centralizado
Solução de conflitos por meio de repressão, arbitragem e/ou hostilidade
Sistemas Orgânicos (Abordagem do D.O.)
A ênfase é nos relacionamentos entre e dentro dos grupos
Confiança e crença recíprocas
Interdependência e responsabilidade compartilhada
Participação e responsabilidade multigrupal
A tomada de decisões é descentralizada
Amplo compartilhamento de responsabilidade e de controle
Solução de conflitos através de negociação ou de solução de problemas
Conceito de Cultura Organizacional
A Cultura Organizacional repousa sobre um sistema de crenças e valores, tradições e hábitos, uma forma aceita e estável de interações e de relacionamentos sociais típicos de cada organização. A cultura de uma organização não é estática e permanente, mas sofre alterações ao longo do tempo, dependendo de condições internas ou externas. Algumas organizações conseguem renovar constantemente sua cultura mantendo a sua integridade e personalidade, enquanto outras permanecem com sua cultura amarrada a padrões antigos e ultrapassados.A única maneira viável de mudar uma organização é mudar a sua cultura, isto é, os sistemas dentro dos quais as pessoas vivem e trabalham.Além da cultura organizacional, os autores do D.O. põem ênfase no clima organizacional, que constitui o meio interno de uma organização, a atmosfera psicológica característica em cada organização. O clima organizacional está intimamente ligado ao moral e à satisfação das necessidades humanas dos participantes. O clima pode ser saudável ou doentio, pode ser quente ou frio, pode ser negativo ou positivo, satisfatório ou insatisfatório, dependendo de como os participantes se sentem em relação à sua organização.
Conceito de Mudança
O mundo de hoje caracteriza-se por um ambiente em constante mudança. O ambiente que envolve as organizações é extremamente dinâmico, exigindo delas uma elevada capacidade de adaptação como condição básica de sobrevivência. O processo de mudança organizacional começa com o aparecimento de forças que vêm de fora ou de algumas partes da organização. Essas forças podem ser endógenas ou exógenas à organização:
1. As forças exógenas provêm do ambiente, como as novas tecnologias, mudanças em valores da sociedade e novas oportunidades ou limitações do ambiente (econômico, político, legal e social).
2. As forças endógenas que criam a necessidade de mudança estrutural e comportamental provêm da tensão organizacional: tensão nas atividades, interações, sentimentos ou resultados de desempenho no trabalho.
O Desenvolvimento Organizacional é necessário sempre que a organização concorra e lute pela sobrevivência em condições de mudança.
Conceito de Desenvolvimento
A tendência natural de toda organização é crescer e desenvolver-se. O desenvolvimento é um processo lento e gradativo que conduz ao exato conhecimento de si próprio e à plena realização de suas potencialidades. A eficiência da organização relaciona-se indiretamente com sua capacidade de sobreviver, de adaptar-se, de manter sua estrutura e tornar-se independente da função particular que preenche. A fim de que uma organização possa alcançar um certo nível de desenvolvimento, ela pode utilizar diferentes estratégias de mudança:
1. Mudança evolucionária: quando a mudança de uma ação para outra que a substitui é pequena e dentro dos limites das expectativas e dos arranjos do status quo (lenta, suave)
2. Mudança revolucionária: quando a mudança de uma ação para a ação que a substitui contradiz ou destrói os arranjos do status quo (rápida, intensa, brutal)
3. Desenvolvimento sistemático: os responsáveis pela mudança delineiam modelos explícitos do que a organização deveria ser em comparação com o que é, enquanto aqueles cujas ações serão afetadas pelo desenvolvimento sistemático estudam, avaliam, e criticam o modelo de mudança, para recomendar alterações nele, baseados em seu próprio discernimento e compreensão. Assim as mudanças resultantes traduzem-se por apoio e não por resistências ou ressentimentos.

[editar] Fases da Organização
As organizações assumem diferentes formas organizacionais em diferentes ambientes e em diferentes épocas. Mais do que isso, as organizações, durante sua existência, percorrem cinco fases distintas:
Fase Pioneira: é a fase inicial da organização pelos seus fundadores ou empresários. Com os poucos procedimentos estabelecidos, a capacidade de empresa para realizar inovações é bastante elevada.
Fase de Expansão: é a fase em que a organização cresce e expande suas atividades, intensificando suas operações e aumentando o número de seus participantes. A preocupação básica é o aproveitamento das oportunidades que surgem e o nivelamento entre a produção da organização e as necessidades ambientais.
Fase de Regulamentação: com o crescimento das atividades da organização, esta é obrigada a estabelecer normas de coordenação entre os diversos departamentos ou setores que vão surgindo, bem como definir rotinas e processos de trabalho.
Fase de Burocratização: com o desenvolvimento das operações e de acordo com a sua dimensão, a organização passa a necessitar de uma verdadeira rede de regulamentação burocrática, preestabelecendo todo o comportamento organizacional dentro de padrões rígidos e de um sistema de regras e procedimentos para lidar com todas as contingências possíveis relacionadas com as atividades do trabalho.
Fase de Reflexibilização: é uma fase de readaptação à flexibilidade, de reencontro com a capacidade inovadora perdida, através da introdução consciente de sistemas organizacionais flexíveis. O Desenvolvimento Organizacional é exatamente um esforço de reflexibilização.
Críticas as estruturas convencionais
Os especialistas do D.O. salientam que as estruturas convencionais de organização não têm condições de estimular a atividade inovadora nem de se adaptarem a circunstâncias em mudança. As principais críticas que fazem às estruturas convencionais de organização são as seguintes:
1. O poder da administração frustra e aliena o empregado.
2. A divisão do trabalho e fragmentação de funções impedem o compromisso emocional do empregado.
3. A autoridade única ou unidade de comando restringe a comunicação do empregado, afetando negativamente o comprometimento deste para com a organização.
4. As funções permanentes, uma vez designadas, tornam-se fixas e imutáveis.

[editar] Desenvolvimento Organizacional
O que é Desenvolvimento Organizacional?
O Desenvolvimento Organizacional é uma resposta da organização às mudanças. É um esforço educacional muito complexo, destinado a mudar atitudes, valores, comportamentos e a estrutura da organização, de tal maneira que esta possa se adaptar melhor às novas conjunturas, mercados, tecnologias, problemas e desafios que estão surgindo em uma crescente progressão. O Desenvolvimento Organizacional visa a clara percepção do que está ocorrendo nos ambientes interno e externo da organização, a análise e decisão do que precisa ser mudado e a intervenção necessária para provocar a mudança, tornando a organização mais eficaz, perfeitamente adaptável às mudanças e conciliando as necessidades humanas fundamentais com os objetivos e metas da organização. O D.O. exige a participação ativa, aberta e não-manipulada de todos os elementos que serão sujeitos ao seu processo e, mais do que tudo, uma profundo respeito pela pessoa humana.
Pressupostos Básicos do D.O.
A maioria dos autores especialistas em D.O., conquanto tenham idéias e abordagens bastante diversificadas, apresentam muitos pontos de concordância, principalmente no que se refere aos pressupostos básicos que fundamentam o D.O.
Vejamos abaixo:
1. A constante e rápida mutação do ambiente - O mundo moderno caracteriza-se por mudanças rápidas constantes e numa progressão explosiva.
2. A necessidade de contínua adaptação - O indivíduo, o grupo, a organização e a comunidade são sistemas dinâmicos e vivos de adaptação, ajustamento e reorganização, como condição básica de sobrevivência em um ambiente em constante mudança.
3. A interação entre a organização e o ambiente - As qualidades mais importantes da organização são sua sensibilidade e sua adaptabilidade: sua capacidade de percepção e de mudança adaptativa ante a mudança de estímulos externos.
4. A interação entre indivíduo e organização - Toda organização é um sistema social.
5. Os objetivos individuais e os objetivos organizacionais - É plenamente possível o esforço no sentido de se conseguir que as metas dos indivíduos se integrem com os objetivos da organização.
6. A mudança organizacional deve ser planejada - A mudança planejada é um processo contínuo, e que leva anos.
7. A necessidade de participação e comprometimento - A mudança planejada é uma conquista coletiva e não o resultado do esforço de algumas pessoas. O aprendizado de novos comportamentos através de variadas técnicas introduz, além da competência interpessoal (relacionamento humano isento de bloqueios e preconceitos), maior adaptabilidade às mudanças.
8. O incremento da eficácia organizacional e do bem-estar da organização dependem de uma correta compreensão e aplicação dos conhecimentos acerca da natureza humana - As ciências do comportamento buscam localizar e criar nas organizações o ambiente de trabalho ótimo, em que cada indivíduo possa dar sua melhor contribuição e, ao mesmo tempo, ter consciência do seu potencial.
9. A variedade de modelos e estratégias de D.O. - Não há uma estratégia ideal nem ótima para o D.O. Existem, isto sim, modelos e estratégias mais ou menos adequados para determinadas situações ou problemas, em face das variáveis envolvidas e do diagnóstico efetuado.
10. O D.O. é uma resposta às mudanças - É um esforço educacional muito complexo, destinado a mudar atitudes, valores comportamentos e estrutura da organização, de tal maneira que esta possa se adaptar melhor às demandas ambientais, caracterizadas por novas tecnologias, novos mercados, novos problemas e desafios.
11. Um objetivo essencial das organizações é o de melhorar a qualidade de vida - As meras alterações estruturais (rearranjos no organograma, mudanças na hierarquia etc.) ou funcionais (alterações de rotinas e procedimentos), bem como os métodos científicos que visam melhorar a eficiência organizacional podem desenvolver estratégias de forma paralela às intervenções mais amplas para melhorar o processo de relações entre indivíduos, entre grupos, organização e seu ambiente, etc.
12. As organizações são sistemas abertos - A organização em si consiste em um número de subsistemas dinamicamente interdependentes, e mudanças em alguns deles podem afetar os outros subsistemas. Da mesma forma, a organização é em si um subsistema em um ambiente que consiste em muitos outros sistemas, todos dinamicamente interdependentes.

[editar] Modelos de D.O.
O D.O. exige alterações estruturais na organização formal e alterações comportamentais, conjuntamente. Dessa forma, existem modelos de D.O. relacionados com alterações estruturais, comportamentais.
1. Modelos de D.O. relacionados com alterações estruturais - incidem sobre a situação ou ambiente de trabalho de um indivíduo, ou sobre a estrutura ou tecnologia adotada pela organização. Os principais tipos de alterações estruturais são:
Mudanças nos métodos de operação
Mudanças nos produtos
Mudanças na organização
Mudanças no ambiente de trabalho
2. Modelos de D.O. relacionados com alterações comportamentais - a maior parte dos modelos destina-se a encorajar uma maior participação e comunicação dentro da organização. Os modelos de D.O. voltados exclusivamente para as variáveis comportamentais são os seguintes:
Desenvolvimento de Equipes
Suprimento de Informações Adicionais
Reuniões de Confrontação
Tratamento de Conflito Grupal
Laboratório de Sensitividades
3. Modelos de D.O. relacionados com o enorme crescimento global alterações estruturais e comportamentais - os modelos de D.O. que introduzem simultaneamente alterações estruturais e comportamentais são modelos integrados e mais complexos. Constituem uma variedade de abordagens, cada qual envolvendo conceitos, estratégias, sequências esquemas que variam enormemente.
Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_do_desenvolvimento_organizacional"

terça-feira, 9 de junho de 2009

Trabalho Psicologia

Ok, Ricardo! Só espero que você não nos faça perder pontos como na prova...
Abs

Questinário sobre o filme " O closet"apresentado na aula de Psicologia

(Atenção Henque Matias) Vc responde as questões 1 e 2 e eu, as 3 e4 .
e não deixe de adicionar o seu e-mail na lista da turma.

Psicologia.
Filme “ O closet”
Perguntas:

1) Como você vê a postura dos principais líderes apresentados no filme considerando fatores como ética profissional , aceitação de diferenças e companheirismo entre os outros ?
2) Como você analisa as práticas envolvendo aceitação das diferenças (não apenas aquelas expostas no filme)dentro do ambiente das organizações empresariais atualmente ?
3) Considerando o se u conhecimento acerca do assunto “Inteligência emocional” , como você analisa as mudanças apresentadas pelo personagem principal (Pignon) frente a várias situações vividadas pelo mesmo ao longo do filme, dentro e fora da empresa em questão ?
4) Sugira ações práticas que podem ser desenvolvidas pelos líderes dentro do ambiente empresarial no sentido de proporcionar experiências que estimulem a ampliação do QE dos seus funcionários.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

O Neoliberalismo

[editar] Origem
Quando se afirma a existência de governos 'neoliberais', a utilização do prefixo 'neo' não se refere a uma nova corrente do Liberalismo, mas à aplicação de alguns dos preceitos liberais consagrados e em um certo contexto histórico (qual seja, o contemporâneo) diverso daquele no qual foram formulados (no início do século XVII, na Inglaterra, através de John Locke) . A denominação 'neoliberal' assemelha-se ao termo 'neoclássico' na História da Arte.
As origens do que hoje se chama neoliberalismo nos remetem à Escola Austríaca [2] , nos finais do século XIX, com o Prêmio de Ciências Econômicas Friedrich von Hayek [3], considerado o propositor da sua base filosófica e econômica, e Ludwig von Mises [4].
A Escola Austríaca [2] adotava a Lei de Say e a teoria marginalista, que veio a ser contestada, mais tarde, por Keynes, quando este formulou, na década de 1930, sua política Keynesiana e defendeu as políticas econômicas com vistas à construção de um Estado de bem-estar social - hoje em dia também chamado, por alguns, de Estado Escandinavo - por ter sido esse caminho o adotado pelos países escandinavos (ou países nórdicos) tais como a Suécia, a Dinamarca e a Noruega e a Finlandia. Esse modelo é também chamado de welfare state, em inglês. [5]
Mais recentemente, o liberalismo ressurgiu, em 1947, do célebre encontro entre um grupo de intelectuais liberais e conservadores realizado em Monte Pèlerin, na Suíça, onde foi fundada uma sociedade de ativistas em oposição às políticas do estado de bem-estar social, por eles consideradas "coletivistas" e, em última análise, "cerceadoras das liberdades individuais" [4] A Mont Pèlerin Society dedica-se a difundir e propagar as idéias conservadoras e liberais da Escola Austríaca e a combater ideologicamente todos os que delas divergem. Com esse objetivo promove conferências, publica livros, mantém sites na internet e conta para isso, em seus quadros, com vários economistas com treinamento acadêmico, como Jesús Huerta de Soto [2], seu vice-presidente e professor da Universidade de Madrid
Essas idéias atraíram mais adeptos depois da publicação, em 1942 na Inglaterra, do Relatório Benveridge [6] , um plano de governo britânico segundo o qual - depois de obtida a vitória na segunda grande guerra - a política econômica britânica deveria se orientar no sentido de promover uma ampla distribuição de renda, que seria baseada no tripé da Lei da Educação, a Lei do Seguro Nacional e a Lei do Serviço Nacional de Saúde (associadas aos nomes de Butler, Beveridge e Bevan). [6]
A defesa desse programa tornou-se a bandeira com a qual o Partido Trabalhista inglês venceu as eleições de 1945, colocando em prática os princípios do estado de bem-estar social. [6]
Para Friedrich August von Hayek, esse programa leva "a civilização ao colapso". Num de seus livros mais famosos O Caminho da Servidão (1944), Hayek expôs os princípios básicos de sua teoria, segundo a qual o crescente controle do estado é o caminho que leva à completa perda da liberdade, e indicava que os trabalhistas, em continuando no poder, levariam a Grã-Bretanha ao mesmo caminho dirigista que os nazistas haviam imposto à Alemanha.[6] Essas posições de von Hayek não são baseadas exclusivamente em leis econômicas ou na ciência pura da economia, mas incorporam, em sua argumentação, um grande componente político-ideológico. Isso explica por que o economista socialista Gunnar Myrdal, o teórico inspirador do Estado do bem-estar social sueco, ironicamente, dividiu o Prêmio de Ciências Econômicas (Prêmio Nobel), em 1974, com seu maior rival ideológico, von Hayek, o grande evangelista do fundamentalismo de livre mercado.
Essa discussão, que se iniciou no campo da teoria econômica, transbordou - na Inglaterra - para o campo da discussão político-partidária e serviu de mote à campanha que elegeu Winston Churchill, pelo Partido Conservador, o qual chegou a dizer que "os trabalhistas eram iguais aos nazistas".[6]
Uma outra vertente do liberalismo surgiu nos Estados Unidos da América e concentrou-se na chamada Escola de Chicago, defendida por outro laureado com o Prêmio de Ciências Econômicas, o professor Milton Friedman.
Milton Friedman criticou as políticas econômicas inauguradas por Roosevelt com o New Deal, que respaldaram, na década de 1930, a intervenção do Estado na Economia com o objetivo de tentar reverter uma depressão e uma crise social que ficou conhecida como a crise de 1929. Essas políticas, adotadas quase simultaneamente por Roosevelt nos Estados Unidos e por Hjalmar Horace Greeley Schacht [7] [8] na Alemanha nazista foram, 3 anos mais tarde, defendidas por Keynes que lhe deu seu aracabouço teórico em sua obra clássica General theory of employment, interest and money (1936) [9], cuja publicação marcou o início do keynesianismo. Ao fenômeno de ressurgência dos princípios liberais do início do século XX, muitos chamam de neoliberalismo .
Friedman, assim como vários outros economistas defensores do fundamentalismo de livre mercado, como Hayek e Mises, argumentaram que a política do New Deal, do Presidente Franklin Delano Roosevelt, ao invés de recuperar a economia e o bem estar da sociedade, teria prolongado a depressão econômica e social. Principalmente, segundo Friedman, por ter redirecionado os recursos escassos da época para investimentos não viáveis economicamente, ou seja, que, segundo Friedman, os desperdiçavam, o que teria diminuído, em conseqüencia, a eficiência, a produtividade e a riqueza da sociedade. Em resumo, segundo Friedman, os investimentos não estariam sendo mais realizados tomando como parâmetro principal a eficiência econômica, mas, ao contrário, a eficiência política; os recursos destinavam-se aos setores mais influentes politicamente, que traziam maior popularidade ao governante, independentemente de seu valor produtivo para a sociedade, alegava ele.
Friedman era contra qualquer regulamentação que inibisse a ação das empresas, como, por exemplo, o salário mínimo que, segundo as teorias que defendia, além de não conseguir aumentar o valor real da renda, excluiria a mão-de-obra pouco qualificada do mercado de trabalho. Opunha-se, consequentemente, ao salário mínimo e a qualquer tipo de piso salarial fixado pelas categorias sindicais ou outro órgão de interesse social, pois estes pisos, conforme ele argumentava, distorceriam os custos de produção, e causariam o aumento do desemprego, baixando a produção e a riqueza e, consequentemente, aumentando a pobreza da sociedade. Friedman defendeu a teoria econômica que ficou conhecida como "monetarista" ou da "escola de Chicago" [6]

[editar] Queda do liberalismo clássico
O declínio do liberalismo clássico remonta ao final do século XIX quando começou a declinar lentamente. Com a quebra da Bolsa de Valores de Nova York, em 1929, e a subsequente Grande Depressão, a queda foi vertiginosa. A partir daí, caiu em descrédito, ao passo que ganharam força teorias de intervenção do Estado na economia, notadamente as idéias de Keynes, aplicadas, quase simultaneamente, pelo plano do New Deal do presidente norte-americano Franklin Roosevelt e pelo governo Nacional Socialista da Alemanha de Hitler, onde seu ministro da economia Horace Greely Hjalmar Schacht [7] (1934–37), nesses três anos, enquanto o resto do mundo se afundava ainda mais na recessão, conseguiu acabar com o desemprego na Alemanha Nazista, sem provocar inflação, adotando um déficit orçamentário que chegou a atingir 5% do PIB alemão. Estas políticas já tinham sido incorporadas à legislação alemã no final de 1932 pelo governo de Kurt von Schleicher [10] e tiveram influência nas políticas do New Deal de Roosevelt. Em 1936 Keynes publicou sua obra magna The General Theory of Employment, Interest and Money [11] que veio a dar o suporte teórico a esse tipo de intervenção governamental na economia, a qual já vinha sendo adotada, intuitivamente, uns poucos anos antes da publicação do livro de Keynes.
Em 1944, os países ricos criaram os acordos de Bretton Woods e estabeleceram regras intervencionistas para a economia mundial. Entre outras medidas, surgiu o FMI. Com a adoção das metas dos acordos de Bretton Woods e a adoção de políticas keynesianas, os 30 anos seguintes foram de rápido crescimento nos países europeus e no Japão, que viveram sua Era de Ouro. A Europa renascia, devido ao financiamento conseguido por meio do Plano Marshall, e o Japão teve o período de maior progresso de sua história. O período de pós-guerra, até o início da década de 1960 foram os "anos dourados" da economias capitalistas.

[editar] Neoliberalismo em prática
A instabilidade econômica começa a se manifestar no fim da década de 1960 e irrompe com força na década de 1970, causada por dois choques sucessivos nos preços mundiais do petróleo - o que acabou por tornar evidente que seria impossível sustentar a conversibilidade do dólar em ouro (e provocou o colapso do acordo de Bretton Woods) - e pelo endividamento excessivo a que se submeteram os países subdesenvolvidos em seu afã de tentar superar a crise petrolífera. Taxas de lucratividade continuamente decrescentes e um mercado de ações moribundo nos Estados Unidos, associados a uma alta contínua da inflação nos países desenvolvidos ( "estagflação" ) levou ao surgimento de um forte movimento contra as idéias keynesianas para reduzir a intervenção dos Estados nacionais na economia. A "mão invisível" [12] mencionada por Adam Smith substituiria (com vantagem, segundo os neoliberais) os controles governamentais até então existentes e as restrições ao livre fluxo de mercadorias, criando assim uma economia globalmente liberalizada. A esse projeto econômico-político, que foi liderado pelos países desenvolvidos, especialmente pelos Estados Unidos e Grã-Bretanha, chamou-se de neoliberalismo globalizante.
A mudança do sistema intervencionista "keynesiano"-"desenvolvimentista", que vigia anteriormente na maior parte do mundo capitalista, para esse "novo sistema" neoliberal não era inevitável; ao contrário, a globalização neoliberal foi um processo escolhido pelas elites político-econômicas mundiais, especialmente as dos Estados Unidos e Grã-Bretanha, por estas acreditarem que esse processo melhor atenderia a seus interesses econômicos do momento turbulento que atravessam (Crotty 2002). [13] Os defensores da globalização neoliberal usaram em seu discurso "globalista-liberalizante" a teoria econômica "neoclássica", que reza que, em não havendo intervenção econômica governamental excessiva, tanto as economias nacionais quanto a economia mundial operará de forma eficiente, conforme os modelos dos mercados "perfeitamente competitivos" constantes dos livros-texto escolares de economia. [14]
Assim o liberalismo econômico gradativamente voltou à pauta, com a alcunha de neoliberalismo. Após alguns anos de experiências e diagnósticos, iniciadas pelos Chicago Boys no Chile de Pinochet, o neoliberalismo surge com força e toma sua presente forma no final da década de 1970 com o "Thatcherismo" e o "Reaganismo".
Os neoliberais apontaram o modelo keynesiano como sendo o responsável pela crise. Liderados por economistas adeptos do laissez-faire e do fundamentalismo de livre mercado, como Milton Friedman, denunciaram a inflação como sendo o resultado do aumento da oferta de moeda pelos bancos centrais. Responsabilizaram os impostos "elevados" e os tributos "excessivos", juntamente com a regulamentação das atividades econômicas, como sendo os culpados pela queda da produção e do aumento da inflação. [6]
A solução que propunham para a crise seria a redução gradativa do poder do Estado, com a diminuição generalizada de tributos, a privatização [15] das empresas estatais e redução do poder do Estado de fixar ou "autorizar" preços.
Diminuindo ou neutralizando a força dos sindicatos, haveria novas perspectivas de emprego e investimento, o que (segundo ensinara Say), deveria atrair os capitalistas de volta ao mercado e reduzir o desemprego. Seguindo a Lei de Say (em termos muito simplificados: a oferta cria sua própria demanda), partiam da idéia de que a economia mundial voltaria a se equilibrar tão logo os governos deixassem de nela interferir.
O primeiro governo democrático a se inspirar em tais princípios foi o de Margaret Thatcher na Inglaterra, a partir de 1980 (no que foi precedida apenas por Pinochet e seus Chicago Boys, no Chile, no início da década de 1970).
Persuadindo o Parlamento Britânico da eficácia dos ideais neoliberais, fez aprovar leis que revogavam muitos privilégios até então concedidos aos sindicatos, privatizou empresas estatais, além de estabilizar a moeda.
Tal foi o entusiasmo de Thatcher pelo discurso do neoliberalismo então em voga que seu governo acabou por criar uma tributação regressiva, também chamada de Poll tax ou imposto comunitário.
A população britânica se opôs vigorosamente à implantação desse imposto, que acabou se tornando a principal razão da queda de Margaret Thatcher como Primeira-Ministra e sua substituição por John Major.
O governo conservador de Thatcher serviu de modelo para muitos dos governos neoliberais do período pós-anos 1980. inclusive para o "Reaganismo".
O professor James Tobin foi um forte crítico do "reaganismo" e do monetarismo, adotados no governo Reagan, prevendo que essas políticas: "redistribuiriam a riqueza, o poder e a oportunidade para os que já eram ricos e poderosos, e para seus herdeiros" [16].
O período Reagan foi de redução de impostos e de um mais elevado crescimento econômico, mas também de significativa elevação da dívida pública, o que os "neoliberais" apontam como sendo um de seus principais problemas.
Exitem, dentre muitas, duas correntes principais na literatura econômica: uma, a walrasiana, parte da hipótese de que os mercados são sempre "eficientes" (exceto em alguns casos muito específicos) e a outra afirma o contrário, ou seja, que apenas em circunstâncias "excepcionais" os mercados seriam "eficientes". O teorema de Greenwald-Stiglitz (1986) [17] recentemente demonstrou que "sempre que os mercados são incompletos e/ou a informação é imperfeita (o que ocorre em virtualmente todas as economias do mundo) a alocação, mesmo em mercado competitivos, não é necessariamente "Pareto-otimizada" [17]. Uma possível interpretação desse estudo é que o campo de atuação para as intervenções governamentais é muito mais amplo do que era aceito pelos que acreditavam que a intervenção governamental na economia só deveria ser utilizada em casos evidentes de "falhas dos mercados". [18] Dessa forma, existiriam esquemas possíveis de intervenção governamental para induzir a um resultado que provoque uma "eficiência de Pareto" superior à obtida pelo livre-mercado, o que beneficiaria a todos os membros de uma sociedade. [17] Em 1986 o teorema de Sappington-Stiglitz "demonstrou que um governo 'ideal' poderia atingir um maior nível de eficiência administrando diretamente uma empresa estatal do que privatizando-a." [19] (Stiglitz 1994, 179) [20].

[editar] Críticas e controvérsias

[editar] Opositores à doutrina de Friedman
Por outro lado vários outros economistas, tais como Gunnar Myrdal, Prêmio de Ciência Econômicas (1974), e o professor James Tobin da Universidade de Yale, Prêmio de Ciência Econômicas (1981), faziam severas críticas à ideologia e às teorias econômicas defendidas por Friedman, como o monetarismo, e o "fundamentalismo de livre mercado" defendiam a intervenção governamental nas economias nacionais [16]
Membros da Escola Austríaca criticam o monetarismo e certas teorias econômicas defendidas pela Escola de Chicago alegando que Friedman considerava que as teorias do ciclo econômico da Escola Austríaca não teriam passado pelo teste estatístico, e seriam portanto, falsas. Mas na realidade era Friedman que estava errado, diziam eles. Seu erro residia em utilizar dados do PNB que omitiam os gastos intermediários entre os vários estágios da produção (nos modelos matemáticos de Friedman a produção e o consumo eram instantâneos, por definição). Em outras palavras, a postura de Friedman desconsiderava, em sua análise, um dos mais importantes elementos do ciclo de produção, conforme demonstrou a Escola Austríaca [21].
Estudos mais recentes no campo da teoria econômica tendem a desautorizar as posições até então defendidas por Friedman:
Uma vez que foi introduzido o conceito de informação imperfeita e incompleta, os defensores de livre mercado da Escola de Chicago não podem mais sustentar suas teorias da Eficiência de Pareto no mundo real. Desta maneira, a utilização, por Stiglitz, das hipóteses de equilíbrio de expectativas racionais para obter uma compreensão mais realista do capitalismo do que a comunmente obtida pelos os teóricos tradicionais das expectativas racionais conduz, paradoxalmente, à conclusão que o capitalismo se desvia do modelo de tal maneira que justificaria a intervenção estatal -- socialismo -- como remédio. [20]
A teoria econômica têm, em vários casos específicos, demonstrado que a mão invisível não funciona: "Sociedades não devem contar com as forças do mercado para proteger o ambiente ou fornecer um sistema de saúde de qualidade para todos os cidadãos, afirmou nesta segunda-feira um dos três vencedores do Prêmio Nobel de Economia de 2007, Eric Maskin. (...)Os mercados trabalham aceitavelmente com bens chamados por economistas de bens privados, como carros e outros objetos duráveis (...)há muitos outros tipos de bens, frequentemente importantes, que não são bem fornecidos pelo mercado. Frequentemente, são encabeçados por bens públicos (...)[22] [23] [24]

[editar] Críticas à doutrina neoliberal
O neoliberalismo pode ser visto como uma retomada, a partir dos anos 1970, do liberalismo clássico que havia sido deixado de lado no mundo e outras formas de intervencionismo econômico. Muitos dos defensores de tal doutrina rejeitam o termo neoliberal, e preferem simplesmente o termo liberal, pois pretendem seguir o liberalismo clássico. [6]
Na visão neoliberal da Escola de Chicago, diferentemente da visão da Escola Austríaca, bastaria estancar o déficit público, e colocar a inflação sob controle, para que o capitalismo, esse animal adormecido, despertasse por sua própria conta, e a mão invisível iniciasse um espetáculo de crescimento. Já na visão da Escola Austríaca há tanto uma corrente que defende ser necessário a abolição do estado, o que é conhecido por anarco-capitalismo, onde se destaca o economista Murray Rothbard, como correntes não anarquistas que defendem uma forte redução do estado que pode incluir a própria abolição do Banco Central, visto como o grande responsável pelas crises do capitalismo, tal como a grande depressão. Nessa segunda corrente se destaca Ludwig von Mises. Entretanto, na história da economia mundial, apenas dois países experimentaram este tipo de espetáculo: a Inglaterra da Revolução Industrial e, no século XX, os Estados Unidos. Todos os outros países do mundo que se desenvolveram adotaram mecanismos derivados de composições e articulações entre classes capitalistas locais e internacionais, com a presença e intervenção do Estado, como ocorreu nos casos japonês, alemão e coreano. Na política econômica brasileira atualmente adotada (2007), o superávit fiscal toma entre 8% e 10% do PIB das mãos das empresas produtivas, e das pessoas consumidoras, e os transfere para os possuidores de títulos da dívida pública; o fato é que a riqueza das pessoas físicas e jurídicas está aplicada em títulos públicos. Nós subtraímos da economia a demanda que impulsionaria o crescimento e os que recebem o pagamento de juros, que são pagos com os impostos que todos clamam ser altos demais, continuam fazendo aplicações financeiras - muitas delas isentas de imposto de renda - porque não têm interesse em fazer investimentos de risco.
Os opositores dos neoliberais questionam suas premissas, que consideram simplistas. Uma crítica posta é que os princípios liberais seriam válidos quando uma transação envolve duas (e só duas) partes - cada um decidindo o que é melhor para si - mas que não se sustentaria quando, em virtude de uma transação realizada entre duas partes, um terceiro, que dela não participou, é prejudicado (ou beneficiado). Esse fenomeno é chamado, em Economia, de externalidade [22]. Os liberais apontam que o professor Ronald Coase ganhou o Prêmio Nobel de Economia de 1991 com seu trabalho que descreve como o livre mercado pode ser utilizado para tratar alguns casos de externalidades. Com base nas idéias de Coase foi instituído o Tratado de Kyoto e seu sistema de comercialização de Créditos de Carbono, sob os auspícios da ONU, com isso reduzindo globalmente a poluição e a emissão de gases causadores do efeito estufa. Entretanto, segundo Eric Maskin, um dos três vencedores do Prêmio Nobel de Economia de 2007, "Sociedades não devem contar com as forças do mercado para proteger o ambiente ou fornecer um sistema de saúde de qualidade para todos os cidadãos (...) O mercado não funciona muito bem quando se trata de bens públicos", disse Maskin [22]. Pesquisas mais atualizadas no campo da teoria econômica, como as de Stiglitz, já deixaram claro que a mão invisível, que asseguraria que os recursos fossem alocados com a Eficiência de Pareto no sistema produtivo só funciona em determinadas condições ideais. Como a competição nunca é totalmente livre, a relação de oferta e demanda gera efeitos sociais que não são resolvidos naturalmente pela dinâmica da economia de mercado. Os economistas norte-americanos Leonid Hurwicz, Eric Maskin e Roger Myerson ganharam em 2007 o Prêmio Nobel de Economia por criarem as bases de uma teoria que determina quando os mercados estão funcionando de forma eficaz. "A clássica metáfora de Adam Smith sobre a mão invisível refere-se a como o mercado, sob condições ideais, garante uma alocação eficiente de recursos escassos. Mas, na prática, as condições normalmente não são ideais. Por exemplo, a competição não é completamente livre, os consumidores não são perfeitamente informados e a produção e o consumo desejáveis privadamente podem gerar custos e benefícios sociais", explicou a nota da Real Academia Sueca de Ciências [25] Importante ressaltar aqui que esse trabalho de Leonid Hurwicz, Eric Maskin e Roger Myerson não se choca com as ideias anteriores de Ronald Coase, completa-as. Dá as bases teóricas para que se projete um mecanismo de regulamentação governamental que permita ao mercado funcionar com eficiência em relação a bens públicos.
Leonid Hurwicz, Eric S. Maskin e Roger B. Myerson fincaram "as bases da teoria do desenho de mecanismos" nos mercados [23] [24]. Esta moderna teoria econômica estuda a elaboração do procedimento de decisão social em situações em que os agentes econômicos têm informação privada e a utilizam de forma estratégica. O primeiro a formalizar esta teoria foi Hurwicz, nascido em 1917 em Moscou e que se mudou para os Estados Unidos na década de 1940. Os trabalhos dos três americanos ajudaram a identificar mecanismos eficientes na área comercial, esquemas regulatórios e procedimentos de votação. O Brasil já se beneficiou na prática com esses estudos. Na recente licitação para a concessão de rodovias federais, em que foi adotado o procedimento de decisão social na elaboração do edital de concessão, as empresas que se saíram vitoriosas na licitação ofereceram-se para administrar as estradas por um pedágio médio de R$ 0,02 por quilometro, o que representa um custo médio seis vezes inferior ao custo médio cobrado no pedágio das rodovias Anhanguera/Imigrantes, que foram privatizadas na década anterior, quando ainda prevaleciam os critérios neoliberais de fundamentalismo de livre mercado. O emprego desses novos critérios licitatórios, que usaram a teoria do desenho de mecanismos, resultaram numa Eficiência de Pareto muito superior à obtida apenas pelo critério simplista, adotado anteriormente, de livre mercado absoluto. A economia obtida pela adoção dessa moderna tecnologia se refletirá em ganhos de competitividade para toda a economia brasileira. [26]
Em outro exemplo de simplificação da realidade que consideram excessiva, opositores discutem a decisão de um jovem sobre contribuir ou não, desde o início de sua carreira, para sua seguridade social. Na doutrina liberal, a opção de decidir se poupa ou não para a aposentadoria futura caberia ao próprio indivíduo. Os críticos dessa visão argumentam que antes do jovem poder decidir ele precisa ter um emprego com salário que possa em alguma medida poupar, e que em muitos casos esse emprego não existe, ou o salário não é suficiente para poupar.
A aplicação de preceitos liberais foi contestada no século XIX por Friedrich List [27] , que defendia para seu país (Prússia) exatamente o oposto do que pregavam os liberais de então, alegando que tais políticas só seriam benéficas para nações já adiantadas, o que não era o caso da Prússia de meados do século XIX.
Friedrich List achava que não caberia ao Estado assistir passivamente ao desenrolar do livre-comércio, sendo necessário que o poder público, em nome da promoção do desenvolvimento e do bem-estar de toda a nação, interferisse ativamente nos assuntos relacionados ao comércio exterior, à construção de uma infra-estrutura local de produção e ao fomento à industrialização. [27]
O professor de Yale James Tobin, Prêmio de Ciências Econômicas em 1981 foi um severo crítico do monetarismo do economista liberal Milton Friedman, Prêmio de Ciências Econômicas em 1965. Tobin defendia, ao contrário de Friedman, a intervenção governamental nas economias nacionais [16]. Apesar disso Tobin se declarava a favor da globalização e do livre mercado como a melhor maneira de aumentar a prosperidade nos países em desenvolvimento[16].

O mercado neoliberal fundamentalista foi sempre uma doutrina política a serviço de certos interesses. Nunca recebeu o apoio da teoria econômica. Nem, agora fica claro, recebeu o endosso da experiência histórica. Aprender essa lição pode ser a nesga de sol nas nuvens que hoje pairam sobre a economia global.[28]

JOSEPH E. STIGLITZ

[editar] Movimentos antineoliberalismo
Como contraponto ao ressurgimento do liberalismo, tanto em países ricos quanto em desenvolvimento, surgiram movimentos antiliberalismo, que por vezes se confundem com movimentos antiglobalização.
Na América Latina, a ascensão ao poder de políticos, rotulados por seus opositores de "populistas", tais como Néstor Kirchner (Argentina) e Evo Morales (Bolívia), e mais recentemente, Michelle Bachelet, (Chile), a volta de Daniel Ortega (Nicarágua), a vitória de Rafael Correa (Equador), a ampla vitória de Hugo Chávez (Venezuela), a reeleição de Lula (Brasil) [29], com 60,83%% dos votos [30], e até mesmo a vitória dos Partido Democrata no Congresso dos EUA, que renovam o discurso nacional-desenvolvimentista de meados do século XX, agora readaptado para os dias atuais com a denominação de "novo desenvolvimentismo" [31], é vista por alguns analistas como sendo indicativa de um esgotamento do "modelo neoliberal" [32]. O presidente Lula, em discurso proferido dia 6 de dezembro de 2007 em Belém, abordou esse tema dizendo: " (...) o que aconteceu na América Latina é um fenômeno político que possivelmente os sociólogos levarão um tempo para compreender, porque foi tão rápida a mudança". (...)"Há um mapa exatamante antagônico ao mapa que existiu de 1980 a 1990 ou ao ano 2000.". Segundo Lula, o povo "fez uma guinada completa, trocou o neoliberalismo pelo que tinha de mais avançado em políticas sociais" [33]
A Newsweek promoveu uma pesquisa, realizada pelo Instituto Zogby International, com ajuda da Universidade de Miami que entrevistou 603 importantes políticos, empresários, funcionários de governo, intelectuais e jornalistas latino-americanos. Os entrevistados consideraram Michelle Bachelet o melhor modelo de liderança, com 28% dos votos, posição que foi imediatamente seguida por Lula, com 23%. Uma supreendente maioria de 53% dos entrevistados considerou que a América Latina está no bom caminho.[34].

[editar] Governos neoliberais
O Chile foi o primeiro país do mundo a adotar o neoliberalismo. As privatizações no Chile de Pinochet foram anteriores às da Grã-Bretanha de Thatcher Em 1973, quando o golpe militar derrubou Allende, o governo já assumiu com um plano econômico debaixo do braço [35]. Esse documento era conhecido como "El ladrillo" e fora elaborado, secretamente, pelos economistas opositores do governo da Unidade Popular poucos meses antes do golpe de estado de 11 de setembro e estava nos gabinetes dos Generais golpistas vitoriosos, já no dia 12 de setembro de 1973 [36].
O General Augusto Pinochet se baseou em "El ladrillo" e na estreita colaboração de economistas chilenos, principalmente os graduados na Universidade de Chicago, os chamados Chicago Boys, para levar adiante sua reforma da economia. [35] [37] [38] [39]
Ver artigo principal: Neoliberalismo chileno
Os outros principais governos que adotaram as políticas neoliberais no mundo foram o de Margaret Thatcher (Inglaterra) e Ronald Reagan (EUA), políticas essas que ficaram conhecidas como "thatcherismo" e "reaganismo". A política de Reagan, nos Estados Unidos, também ficou conhecida como Supply-side economics. [40]

[editar] O governo Thatcher
Thatcher obteve grande sucesso na estabilização da libra esterlina, na dinamização da economia britânica e na redução drástica da carga tributária, levando, por conseguinte, o Partido Conservador a obter larga margem de vantagem nas eleições parlamentares de 1983 e 1987 - tornando-se assim ícone mundial dos defensores das políticas econômicas neoliberais. Não obstante a pobreza infantil no Reino Unido triplicou entre 1979 e 1995 - um dos maiores aumentos jamais visto no mundo industrializado e , o custo social das políticas adotadas por seu governo foi considerado demasiadamente grande pelos críticos ao neoliberalismo [41].
Durante o governo Thatcher a renda dos que estavam no decil superior cresceu pelo menos cinco vezes mais do que a renda dos que estavam no decil inferior; a desigualdade cresceu em um terço [42] Refletindo isso, o Coeficiente de Gini da Grã-Bretanha deteriorou-se substancial e continuamente durante todo o governo Thatcher, passando de 0,25 em 1979 para 0,34 em 1990. Esta siginificativa piora no Coeficiente de Gini não pôde ainda ser corrigida pelos governos que a sucederam. [43]
Quando Thatcher foi derrotada, em 1990, 28% das crianças inglesas eram consideradas pobres - o pior desempenho dentre os países desenvolvidos - índice que continuou subindo (até atingir um pico de 34%, em 1995-96, quando iniciou sua trajetória descendente). [44] [45]
"Ao mesmo tempo em que é considerada a responsável por reavivar a economia britânica, Margaret Thatcher é acusada de ter dobrado seus índices de pobreza. O índice de pobreza das crianças britânicas, em 1997, era o pior da Europa." [45]
O governo Tony Blair (trabalhista) adotou, para corrigir essa distorção, a partir de 1997, medidas de inspiração keynesiana, tais como o restabelecimento de um salário mínimo, a criação de um programa pré-escolar para as crianças pequenas e aumento dos créditos fiscais (isenções) para a classe trabalhadora (uma medida de "transferência indireta de renda"). A proporção de crianças britânicas que vivem na pobreza caiu do pico de cerca de 34% em 1996-97, atingindo 11% no ano fiscal de 2005.[44] [45]
“Nosso objetivo histórico será tornar nossa geração a primeira a erradicar a pobreza infantil para sempre, e isso vai levar uma geração. É uma missão para 20 anos, mas acredito que possa ser cumprida. Tony Blair.[46]
Os partidos de oposição a Blair, e seus críticos, o acusam de estar sendo "assistencialista", de estar desequilibrando o orçamento, e de estar aumentando a dependência da população no Estado. Os adversários políticos dos trabalhistas fazem vistas grossas aos estudos que demonstram, por exemplo, que o custo - em prejuízos indiretos causados ao agregado da economia britânica - provocado pela existência de crianças abaixo da linha de pobreza onera a sociedade britânica em cerca de 600 libras por habitante; ou cerca de 40 bilhões de libras por ano no total (2005) [47]. Todavia, o próprio Partido Trabalhista do Reino Unido aceitou, em termos macroeconômicos, certos princípios enfatizados por Thatcher. Peter Mandelson, político trabalhista próximo a Blair declarou, em 2002:
"A globalização pune com força qualquer país que tente administrar sua economia ignorando as realidades do mercado ou a prudência nas finanças públicas. Nesse estrito sentido específico, e devido à necessidade urgente de remover rigidezas e incorporar flexibilidade ao mercados de capitais, bens e trabalho, somos hoje todos tatcheristas." [48]

[editar] Considerações
É importante ressaltar que a tentativa de "rotular políticos" é uma atitude mal colocada na análise do tema neoliberalismo econômico. Nem mesmo Augusto Pinochet, com toda a amplitude de ação que lhe permitia a sua ditadura, praticou exclusivamente ações de tipo neoliberal - adotou, com Hernán Büchi, algumas políticas de inspiração nitidamente keynesiana.
Embora seja possível afirmar com segurança que um determinado economista, como, por exemplo, Milton Friedman, é um neoliberal, não se pode fazer o mesmo com a maioria dos políticos, uma vez que eles adotam, em seus governos, uma mistura de práticas indicadas por várias escolas de pensamento econômico, simultaneamente.

[editar] Debate sobre resultados obtidos no mundo
A mais recente onda liberalizante, que ficou conhecida como "neoliberalismo", teve seu início com a queda do muro de Berlim em 1989 e contagiou rapidamente o mundo Foi promovida pelo FMI, por economistas liberais como Milton Friedman, pela Escola de Chicago e por fundamentalistas de livre mercado, entre outros, sendo por eles apregoada como a solução que resolveria os problemas econômicos mundias, reduzindo a pobreza e acelerando o desenvolvimento global.[49]
Agora, já passados 28 anos que as "receitas neoliberais" vêm sendo aplicadas, em maior ou menor grau, por um grande número de países - entre os quais se inclui o Brasil - a ONU resolveu analisar os resultados obtidos por esses fortes ventos liberalizantes, e medir seus efeitos nas populações dos países onde as práticas neoliberais estão sendo adotadas.
Um livro denominado "Flat World, Big Gaps" [50] ("Um Mundo Plano, Grandes Disparidades" - tradução livre), foi editado por Jomo Sundaram, secretário-geral adjunto da ONU para o Desenvolvimento Econômico, e Jacques Baudot, economista especializado em temas de globalização, analisou essas questões e está despertando grande interesse. Nesse livro seus autores concluem que: "A 'globalização' e 'liberalização', como motores do crescimento econômico e o desenvolvimento dos países, não reduziram as desigualdades e a pobreza nas últimas décadas". [51]
A segunda parte do livro analisa as tendências das desigualdes econômicas que vêm ocorrendo em várias partes do mundo, inclusive na OECD, nos Estados Unidos, na América Latina, no Oriente Médio e norte da África, na África sub-saariana, Índia e China.
As políticas liberais adotadas não trouxeram ganhos significativos para a melhoria da distribuição de renda, pelo contrário: "A desigualdade na renda per capita aumentou em vários países da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) durante essas duas décadas, o que sugere que a desregulação dos mercados teve como resultado uma maior concentração do poder econômico." [51]
Supreendentemente, a liberalização do fluxo de capitais financeiros internacionais, que era apontada como uma maneira segura de fazer os capitais jorrarem dos países ricos para irem irrigar as economias dos países pobres, deles sedentos, funcionou exatamente ao contrário.
O fluxo de dinheiro inverteu-se, e os capitais fugiram dos países mais pobres, indo para os mais ricos: "Houve uma tremenda liberalização financeira e se pensava que o fluxo de capital iria dos países ricos aos pobres, mas ocorreu o contrário", anotou Sundaram. "Como exemplo, citou que os EUA recebem investimentos dos países em desenvolvimento, concretamente nos bônus e obrigações do Tesouro, e em outros setores". [51]
Cumpre ressaltar que essa "liberalização" de fluxos financeiros é muito assimétrica. Os países que mais defendem a liberalização total dos fluxos de capitais não a praticam dentro de suas fronteiras. Os Estados Unidos, com seu forte discurso liberalizante criou, por exemplo, a "Community Reinvestment Act" (Lei do Reinvestimento Comunitário) que obriga seus bancos a reaplicar localmente parte do dinheiro que captam na comunidade. A Alemanha resistiu a todas as pressões para "internacionalizar" seus capitais; hoje 60% da poupança da população alemã está em caixas municipais, que financiam pequenas empresas, escolas e hospitais. A França criou um movimento chamado de "Operações Financeiras Éticas". A apregoada liberdade irrestrita para os fluxos de capitais parece ter sido adotada só pelos países sub-desenvolvidos, que se vêem freqüentemente submetidos a graves crises causadas por sua vulnerabilidade às violentas movimentações especulativas mundiais. [52]
Essa diferença entre o discurso liberalizante dos países desenvolvidos e suas ações práticas foi reconhecida até por Johan Norberg [53] , o jornalista suéco autor do "best-seller" In Defense of Global Capitalism que "atira coqueteis Molotov retóricos nas potências ocidentais cujo discurso em prol dos livre-mercados é grandemente prejudicado por suas tarifas draconianas sobre a importação de produtos têxteis e agrícolas, as duas áreas onde os países sub-desenvolvidos teriam condições de competir". Le Monde, 12 de Fevereiro de 2004.
De maneira geral "a repartição da riqueza mundial piorou e os índices de pobreza se mantiveram sem mudanças entre 1980 e 2000" [51], como já previra Tobin em 1981.
Por outro lado os liberais afirmam que as reformas chamadas de "neoliberais" foram insuficientes e os governos fracassaram em áreas fundamentais para se ter êxito e chegam afirmar que não houve nenhum governo liberal de fato. Esses liberais geralmente estão ligados à Escola Austríaca, sendo adeptos normalmente do minarquismo ou do anarco-capitalismo

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