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segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Calculo percentual inverso.



Cálculo de percentual  inverso.
Utilizaremos este cálculo sempre que tivermos dois números e precisarmos  saber quanto um representa em termos percentuais em relação ao outro .
Por exemplo :
10  e  100
Sabemos   sem dúvida  alguma e sem precisar calcular que 10 é 10% de 100 .
Porém se tivermos
2,95  e 3,25 já fica complicado saber só olhando.
Contudo é muito simples  e fácil calcular isso, basta dividir o número menor pelo número maior e multiplicar por 100, assim:
2,95 / 3.25 = 0,90769 x 100 = 90.7692308 , arredondando  90,77%
Dica para nunca mais esquecer :   Estranhamente divide-se o número menor pelo maior depois  multiplica-se por 100.

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

A revolução industrial é tão falada por quê ?

Afinal,a revolução Industrial é tão falada e lembrada por quê?


           Muitos pensam, erroneamente, que a revolução industrial foi algum movimento popular ou político, com o povo nas ruas gritando palavras de ordem e ferramentas nas mãos. Na verdade a revolução industrial foi uma transformação na relação de trabalho que, muitos não sabem, iniciou-se antes mesmo da invenção da primeira máquina a vapor com os cercamentos dos campos e o movimento dos Enclosures. Imaginemos uma sociedade na qual a mão-de-obra era paga com uma parte da produção, isso era comum no regime feudal durante a idade média onde os camponeses moravam dentro dos feudos, plantavam utilizando as suas próprias ferramentas e utensílios e ficavam com uma pequena parte da produção como pagamento pelo trabalho. Os cercamentos vieram a transformar as terras em bem de produção tornando o signatário das terras em proprietário; este é um tema complexo que não é o foco deste pequeno artigo, podemos, contudo, afirmar que este movimento tirou do trabalhador os bens de produção restando-lhe apenas a força de trabalho, pois a partir daí as ferramentas e as terras passaram a pertencer aos proprietários das terras que então passaram a pagar salários aos trabalhadores. As máquinas, na verdade, foram uma consequência da busca pela eficiência das ferramentas e meios de produção. O principal fator transformador da revolução industrial, ao contrário do que possa parecer, não foram as inovações tecnológicas, mas sim o surgimento de uma nova classe social: A dos trabalhadores assalariados . Esta nova classe ao mesmo tempo que produz também consome, recebe salários e os utiliza para pagar aluguéis e comprar gêneros de primeira necessidade e bens de consumo em geral fazendo surgir assim a sociedade capitalista de consumo que vivemos até os dias atuais. 

Ricardo da Fonte Alcantara
Bacharel em administração.

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Como fazer um bom Trabalho de Conclusão de Curso.


 
Com o objetivo de auxiliar aos estudantes na elaboração do TCC, publico o meu próprio TCC no qual recebi nota  9,5.  
Algumas dicas: 
  •  Concentre o tema , nunca adote um tema muito amplo, o título será a guia de todo o trabalho. Por exemplo se você pretende falar de reciclagem escolha um tema dentro do assunto "reciclagem" que limite o seu trabalho possibilitando uma explanação substancial.  por exemplo : A reciclagem de latas de alumínio na cidade do Rio de Janeiro.  Perceba que o tema está limitado a um tipo de reciclagem em uma cidade. 
  • Todos os termos e afirmações precisam obrigatoriamente de embasamento teórico, ou seja, se o seu título for reciclagem de latas de alumínio na cidade do Rio de Janeiro será necessário encontrar trabalhos anteriores já publicados que definam  primeiramente o que é reciclagem, depois o que é lata de alumínio. Se você afirmar que a reciclagem de latas de alumínio é a mais lucrativa e fácil, precisará encontrar essa afirmação em algum trabalho ou em vários trabalhos de fonte catedrática que dê embasamento a sua afirmação, e anexe em forma de citação o trecho que deixe clara a afirmação ou a definição, caso contrário de nada vale a afirmação,   de forma que nenhum termo ou afirmação  fique sem embasamento teórico.  
  • Observe as normas da ABNT para a elaboração do seu TCC , que você também encontra disponível aqui no nosso Blog.
  • Leia outros Trabalhos já concluídos , isso ajudará a entender a essência de um TCC





UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO







LOGÍSTICA REVERSA E COLETA SELETIVA




RICARDO DA FONTE ALCANTARA





RIO DE JANEIRO
DEZEMBRO , 2013
RICARDO DA FONTE ALCANTARA


LOGÍSTICA REVERSA E COLETA SELETIVA






Trabalho apresentado à Universidade Estácio de Sá como requisito parcial para obtenção de grau de Bacharel em Administração.





Orientadora : Claudia Márcia Pereira Loureiro                  





















RIO DE JANEIRO
DEZEMBRO, 2013
RICARDO DA FONTE ALCANTARA




LOGÍSTICA REVERSA E COLETA SELETIVA






Trabalho apresentado à Universidade Estácio de Sá como requisito parcial para obtenção de grau de Bacharel em Administração.


Aprovado em ___/___/___

Examinador:


________________________________________________________
Claudia Márcia Pereira Loureiro
Universidade Estácio de Sá







RIO DE JANEIRO
DEZEMBRO , 2013










 

 

RESUMO
Este artigo tem como finalidade fazer uma explanação sobre o assunto logística reversa, apresentando o seu conceito a sua história e a sua importância para a sociedade contemporânea que necessita proteger o meio ambiente tendo em vista o enorme potencial econômico da reciclagem de matérias primas contidas em produtos que já tenham a sua vida útil esgotada e em embalagens vazias descartadas, identificando a adoção da prática da coleta seletiva domiciliar principalmente nos grandes centros urbanos como principal ferramenta para viabilizá-la, por tratar-se de uma atividade economicamente viável além de instrumento de inclusão social.


Palavras-chave: Logística reversa, reciclagem, coleta seletiva
INTRODUÇÃO
            O tema será abordado de forma a demonstrar que o problema “lixo urbano” é também uma fonte de riquezas e conseqüentemente uma solução para um problema que assola todos os grandes centros urbanos que é a necessidade de inclusão social e econômica de cidadãos que se encontram em estado de abandono e desemprego.
A logística já era uma ferramenta utilizada par manter canais de suprimentos de materiais e informações desde os tempos antigos durantes as guerras, porém a logística reversa compreende exatamente o retorno dos materiais aos seus pontos de origem. Esse processo passou a ter importância a nível mundial a partir do momento que os produtos passaram a ser mais descartáveis, tanto pela sua obsolescência quanto por fatores diversos como modismos e necessidade de baixos preços o que passou a gerar produtos de vida útil menor.  Com o aumento substancial das vendas e do consumo, o que é em última análise o triunfo do sistema capitalista e da sociedade de consumo, os volumes de produtos com a sua vida útil esgotada e embalagens que são descartadas diariamente em todos os centros urbanos alcançaram níveis alarmantes requerendo vastas áreas destinadas a lixões e aterros sanitários, o que suscitou em toda a sociedade dúvidas sobre os problemas que esta prática causará para o meio ambiente no futuro. Legislações específicas de proteção ao meio ambiente surgem e várias atividades são enquadradas como geradoras de resíduos sólidos e por isso são por eles responsáveis, inclusive o próprio consumo.
Retornar com as matérias primas para a cadeia produtiva é a solução.  A reciclagem é a principal ferramenta para a reintrodução de matérias primas resgatadas de produtos descartados ou embalagens vazias, e é uma fonte de geração de receita, além de uma forma de economia de energia.  Compreende-se por reciclar “produzir um artigo com a mesma matéria prima” ou seja, a matéria prima encontrada no produto descartado será totalmente reutilizada em um novo produto mantendo as suas características originais.
            As matérias primas em questão são também os poluentes do meio ambiente como plásticos, alumínio, papel, borracha. Será demonstrado que destes poluentes é possível gerar receitas e empregos. A reciclagem surge como uma nova indústria ávida por mão-de-obra que depende diretamente da atividade da coleta seletiva na qual milhares de trabalhadores até então vivendo na informalidade poderão ser absorvidos por cooperativas e empresas especializadas.
            A estrutura residencial das grandes metrópoles é composta basicamente por condomínios por isso será dado um foco especial a implantação de coleta seletiva em condomínios residenciais o que levanta o problema da necessidade de engajamento de todos os condôminos elevando a discussão do problema ao nível da sociologia e ao estudo da solidariedade social que em suma acaba por sintetizar a fonte de todos os problemas relacionados a própria degradação do meio ambiente em virtude da ação humana.
HISTÓRICO
A logística tradicional é algo herdado da antiguidade, era utilizada basicamente nas guerras, onde a competência no gerenciamento dos fluxos de materiais e informações tratava-se de uma questão de vida ou morte. A logística reversa é um termo criado baseado nas funções da logística, pois trata-se também do gerenciamento do fluxo de materiais e informações, com a peculiaridade de ter início exatamente no fim da vida útil do produto. 
O termo logística reversa não possui uma definição ‘universal’. É considerado bastante apropriado o conceito apresentado pelo Reverse Logistics Executive Council(RLEC), que define
a logística reversa como:
Processo do planejamento, implementação e controle da eficiência e custo do fluxo de matérias primas, estoques em processo, produtos acabados e as informações correlacionadas do ponto do consumo ao ponto de origem com o propósito de recapturar valor ou adequar o seu destino. (1999,Rogers e Tibben-Lembke, apud LEITE,2002, p.1).

            A boa gestão da logística reversa é importante fonte de vantagens competitivas, pois as operações de pós-venda tornaram-se cada vez mais importantes para as organizações, tanto no que se refere a confiabilidade dos seus produtos, nos casos de trocas, peças de reposição , quanto para a imagem corporativa no tocante ao cuidado com o meio ambiente e consciência ecológica
“As empresas e a sociedade passaram a dar atenção especial para este tema, tendo em vista a vantagem competitiva. (1998,STOCK; ROGERS;apud, LEITE, 2002)
            Segundo Paulo Roberto Leite a logística reversa divide-se em dois grandes grupos que são: logística reversa dos bens de pós venda que se refere ao retorno de produtos oriundos de devolução por defeitos de fabricação para que sejam reparados e devolvidos ao mercado e, a abordada nesse trabalho: logística reversa dos bens de pós consumo que trata do retorno à cadeia produtiva das matérias primas dos produtos que já esgotaram a sua vida útil.
Denominaremos de Logística Reversa de Pós – Consumo à área de atuação da Logística Reversa que igualmente equaciona e operacionaliza o fluxo físico e as informações correspondentes de bens de pós – consumo descartados pela sociedade em geral que retornam ao ciclo de negócios ou ao ciclo produtivo através de canais de distribuição reversos específicos. Constituem-se bens de pós-consumo os produtos em fim de vida útil ou usados com possibilidade de utilização e os resíduos industriais em geral. Seu objetivo estratégico é o de agregar valor a um produto logístico constituído por bens inservíveis ao proprietário original, ou que ainda possuam condições de utilização, por produtos descartados por terem atingido o fim de vida útil e por resíduos industriais. Estes produtos de pós-consumo poderão se originar de bens duráveis ou descartáveis e fluírem por canais reversos de Reuso, Desmanche, Reciclagem até a destinação final. (LEITE,2002,p.3)

            O antigo hábito de devolver o vasilhame de vidro vazio na compra de refrigerantes ou cerveja, a troca do extintor de incêndio vencido pelo novo, a entrega da bateria de carro usada na hora da compra de uma nova, são exemplos de logística reversa.
            “Trazer os produtos e resíduos de produtos de volta para a empresa é um ato bastante antigo, apesar de sua concepção como“Logística Reversa”ser relativamente recente” (GUZZO, 2010, p.2)
            Este campo da administração, contudo, só veio a ter maior atenção por parte das empresas  com o aumento das atividades que envolviam a logística reversa e conseqüente aumento da importância de uma abordagem técnica dos processos envolvidos.
“A conceituação mais antiga de logística reversa foi estabelecida na década de 70, com o objetivo de atender às necessidades de recolhimento de materiais devido ao pós-consumo e pós-venda.”    (  ZIKMUND 2005,apud GUZZO 2010 p.3.)
            O foco principal era a possibilidade de aumento de ganhos econômicos associados a reciclagem de matérias primas  e a preservação do meio ambiente, mas à partir dos anos 90 a importância da logística reversa aumentou significativamente em função de novas legislações ambientais e aumento de órgãos fiscalizadores, aumentando a possibilidade de perdas econômicas para as empresas .
Nos anos 90, de acordo com Chaves e Martins (2005),  surgiram novas
abordagens sobre o assunto, onde o mesmo teve um aumento significativo em
sua importância, tendo o apoio da legislação e dos órgãos fiscalizadores.    No
ponto de vista empresarial destacaram-se as  preocupações  quanto  às  perdas
que estas mudanças poderiam causar as organizações.(GUZZO, 2010,p.2)
           
Como destaca Guzzo (2010) com a globalização e a alta competitividade do mercado, houve um aumento significativo do volume e variedade de produtos com preço reduzido e obsolescência acelerada, aliado a fatores como modismos, status e constantes avanços tecnológicos, fez aumentar de forma considerável a quantidade de produtos descartados aumentando as áreas destinadas a aterros sanitários e lixões e os conseqüentes questionamentos da população sobre os problemas causados por eles.
            A problemática criada pelos fatores que envolvem a dinâmica das relações de produção e consumo da sociedade atual em âmbito mundial, onde para se produzir e vender mais e ter competitividade para manter-se no mercado é preciso inovação constante, preços competitivos e rotatividade de vendas, gerando cada vez mais lixo e poluição, por muito tempo foi negligenciada e tratada como simples conseqüência da atividade produtiva, porém o aumento das pressões da sociedade para a solução dos problemas causados e a necessidade de manutenção do meio ambiente levaram a criação de legislações próprias e ao surgimento da logística reversa como a conhecemos atualmente.
Visando responder os questionamentos da população quanto o destino de todo esse “lixo” e ainda assim atendendo todas suas necessidades de consumo e reparo de itens problemáticos, assim como as preocupações das organizações a respeito de quanto se gastaria para solucionar o problema, e ainda cuidando do meio ambiente em conformidade com as exigências legislativas, surgiu a logística reversa como conhecemos hoje, que como o próprio nome diz, tem como objetivo fazer o caminho inverso na Cadeia de Suprimentos, ou seja, fazer retornar à origem os produtos sem utilidade para o mercado, as embalagens e todo o tipo de material não orgânico produzido pela empresa, possibilitando ainda sua reutilização, reciclagem ou descarte apropriado, reduzindo ao máximo a agressão ao meio ambiente. (GUZZO, 2010,p.3)

            São exemplos de bens a serem recolhidos para descartes: baterias de celulares, baterias automobilísticas, pilhas e produtos que possuam similaridade a radioatividade. Materiais como garrafas PET, embalagens plásticas, papelão, alumínio, óleos lubrificantes, são exemplos de materiais recolhidos para reciclagem, peças de automóveis, eletrodomésticos são enquadradas em de manutenção onde essas podem ser vendidas a estabelecimentos que trabalhem com peças de segunda mão.A lei n ° 12.305, DE 2 de Agosto de 2010 que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos cria a responsabilidade compartilhada, e em seu capítulo II , nas definições no art. 3º ,consta:“I - acordo setorial: ato de natureza contratual firmado entre o poder público e fabricantes, importadores, distribuidores ou comerciantes, tendo em vista a implantação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do produto.( MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, 2010)
         A importância da logística reversa agiganta-se com essa nova variável legal, na qual as responsabilidades pelos danos causados ao meio ambiente, por um produto após a sua vida útil, ou sua embalagem, recairão diretamente sobre o seu fabricante ou importador. 
         Mas como resgatar e separar os diversos materiais de forma que possam ser direcionados de volta à cadeia produtiva de forma economicamente viável? É para dar solução a esse problema que a coleta seletiva, sobretudo domiciliar, tendo em vista que os produtos de uso doméstico representam a maior fonte de geração de resíduos gerados pelo consumo, surge como melhor opção, abrindo espaço para a inclusão no mercado formal de trabalho de milhares de trabalhadores que já atuam na atividade em caráter informal.
CONCEITO
São diversos os conceitos de logística reversa, segundo o Ministério do meio ambiente a logística reversa é uma ferramenta diretamente ligada ao desenvolvimento econômico e social.
A logística reversa é "instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação. (lei nº 12,305de 02/08/2010)

Mas há uma definição mais comercial da logística reversa, uma visão somente voltada para o lucro e para a praticidade.
Logística Reversa ou Inversa - No mercado é considerada como o caminho que a embalagem toma após a entrega dos materiais, no sentido da reciclagem das mesmas. Nunca voltando para a origem. Muitos profissionais também utilizam esta expressão para considerar o caminho inverso feito para a entrega, voltando para a origem, só que agora somente com as embalagens. Neste caso, tratam-se de embalagens reutilizáveis ou retornáveis, que são mais caras e específicas / próprias para acondicionar determinados materiais. (SOUSA,2010)

Onde percebe-se uma clara preocupação com o aspecto econômico de uma atividade voltada para o “ rastreamento” e acompanhamento do material, ou da matéria prima intrínseca na embalagem.   Nunca há preocupação na possível ameaça ao meio ambiente ou à natureza que a embalagem possa representar ou qualquer menção a uma função social da atividade. Já a definição, considerada por muitos como a mais aceita, mescla o objetivo comercial com o cuidado com o meio ambiente.
Logística Reversa - O processo de movimentação de produtos de seu típico destino final para um outro local para fins de elevar o valor ora indisponível, ou para a adequada disposição dos produtos “  ( REVERSE LOGISTICS EXECUTUVE COUNCIL, apud, SOUZA, 2010)
                          As leis ambientais que surgiram com a política nacional de resíduos sólidos, além da necessidade da manutenção das imagens corporativas junto às massas consumidoras, revestem a, até então, atividade meramente administrativa da logística reversa com um caráter de obrigatoriedade, que está diretamente ligado à obrigação moral e legal da empresa de reparar ou impedir qualquer prejuízo à natureza ou ao meio ambiente que os seus produtos ou as embalagens dos mesmos possam vir a causar depois de descartados.
“A Logística Reversa (LR) ganha espaço cada vez maior no debate sobre gestão ambiental. Trata-se da responsabilização das empresas em relação aos produtos pós-consumo, assegurando que estes sejam recolhidos e encaminhados para reaproveitamento ou destinação segura” .  (DEMAJOROVIC, et al 2012.)
            A ferramenta mais viável economicamente para por em prática a logística reversa dos bens de pós consumo é sem dúvida a implantação da coleta seletiva do lixo domiciliar sobretudo nos grandes centros urbanos, tanto pela eficiência no que tange ao montante de material reciclável a efetivamente retornar à cadeia produtiva, quanto pelo potencial de inclusão social que a atividade possui.             A lei que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos define Coleta Seletiva como:  Coleta de Resíduos sólidos previamente segregados conforme sua constituição ou composição. (lei nº 12,305 de 2 de agosto de 2010)

OS TIPOS DE LOGÍSTICA REVERSA
           
Segundo Leite (2002) a logística reversa divide-se em dois grandes grupos: a logística reversa do pós venda e a logística reversa do pós consumo.  A logística reversa do pós venda está ligada aos processos de operacionalização do retorno dos produtos sem uso ou com pouco uso para os meios de distribuição por motivos diversos como por exemplo defeitos.

Logística reversa do pós venda
           
Refere-se à solução dos problemas logísticos relacionados ao retorno de produtos para o fabricante por motivos relativos à defeitos de fabricação, como por exemplo trocas de aparelhos defeituosos que ainda estão na garantia.
Denominaremos de Logística Reversa de Pós – Venda a específica área de atuação que se ocupa do equacionamento e operacionalização do fluxo físico e das informações logísticas correspondentes de bens de pós – venda, sem uso ou com pouco uso, que por diferentes motivos retornam aos diferentes elos da cadeia de distribuição direta, que se constituem de uma parte dos Canais Reversos pelo qual fluem estes produtos. (LEITE, 2002)




Logística reversa do pós consumo

O segundo grupo, é a logística reversa do pós-consumo, refere-se ao destino dos produtos após terem a sua vida útil esgotada e com possibilidade de utilização e as  embalagens vazias que são descartadas pelo consumidor após o consumo do produto.
    Constituem-se bens de pós-consumo os produtos em fim de vida útil ou usados com possibilidade de utilização e os resíduos industriais em geral. Seu objetivo estratégico é o de agregar valor a um produto logístico constituído por bens inservíveis ao proprietário original, ou que ainda possuam condições de utilização, por produtos descartados por terem atingido o fim de vida útil e por resíduos industriais. Estes produtos de pós-consumo poderão se originar de bens duráveis ou descartáveis e fluírem por canais reversos de Reuso, Desmanche, Reciclagem até a destinação final.”( LEITE, 2002)
      
Trata do equacionamento das questões que envolvem o fluxo de materiais e informações referentes aos bens de pós consumo, descartados pela sociedade e que retornam ao ciclo de negócios através de canais de distribuição reversos específicos, neste caso segundo Leite (2002)  a logística reversa  do pós consumo desdobra-se em dois grupos: o dos bens duráveis e o dos bens descartáveis, cujo está sendo enfocado neste trabalho, neste grupo destaca-se a necessidade da existência de condições  logísticas e econômicas para que voltem através do canal reverso da reciclagem industrial para a cadeia produtiva, onde os materiais constituintes serão reaproveitados e utilizados como matérias primas secundárias que retornarão ao mercado correspondente, ou no caso de não haver tais condições serão destinados ao destino final: aterros sanitários ou incineração e a principal ferramenta para viabilizar esse fluxo é a coleta seletiva .
COLETA SELETIVA E A PNRS (Política Nacional de Resíduos Sólidos)
                        A lei n ° 12,305, DE 2 de Agosto de 2010 que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos define Coleta Seletiva como:  Coleta de Resíduos sólidos previamente segregados conforme sua constituição ou composição.  A coleta seletiva domiciliar surge como principal ferramenta para viabilizar o processo de logística reversa e importante instrumento de inclusão social previsto em lei.
“A política Nacional de Resíduos Sólidos em seu Cap. II DOS PRINCÍPIOS E OBJETIVOS Art. 6 Inciso VIII  Dispõe : “ O reconhecimento do resíduo sólido reutilizável e reciclável como um bem econômico e de valor social, gerador de trabalho e renda e promotor de cidadania “(lei nº 12,305 de 02 de agosto de 2010)
                                 


Geradores de resíduos sólidos
Grandes concentrações residenciais dos grandes centros urbanos, os condomínios são grandes geradores de resíduos sólidos via consumo e, portanto foco principal deste trabalho.A Política Nacional de Resíduos Sólidos define Geradores de resíduos sólidos como: “Pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, que gerem resíduos sólidos por meio de suas atividades, nelas incluindo o consumo. (lei nº 12,305 de 02 de agosto de 2010)
A nova legislação ambiental brasileira atribui a toda a sociedade a responsabilidade pela preservação do meio ambiente e impõe o empenho de todos: Empresários, consumidores e governo, neste sentido.
O fim dos lixões
A política Nacional de Resíduos Sólidos lei 12.305 de 2 de agosto de 2010 em seu capítulo VI – Das Proibições – Art. 47 – inciso II –  Proíbe os chamados “ Lixões “ à partir de 2014.  e  determina que os estados e municípios apresentem os planos de gestão de resíduos sólidos que entre as suas principais diretrizes figuram a Coleta seletiva e a Reciclagem. É neste contexto que a participação e o engajamento de todos os moradores dos condomínios nos programas de coleta seletiva apresenta-se como elemento fundamental para a implantação das políticas de gestão dos resíduos sólidos municipais e estaduais.
A ECONOMIA DA RECICLAGEM
Calderoni, O autor do livro Os bilhões perdidos no lixo vê com otimismo as  mudanças que têm ocorrido no modelo tradicional de gestão de resíduos sólidos. “Estamos diante de uma nova era na área de resíduos. O lixo está longe de ser apenas resíduo, é na verdade um conjunto de matérias-primas preciosas de alto valor econômico”. (CALDERONI,2008, p3)
Um país populoso como o Brasil, descarta todos os dias uma montanha de cerca de 190 mil quilos de lixo doméstico e outros 270 mil de entulhos que poderiam gerar uma riqueza anual estimada em US$ 10 bilhões. A questão tornou-se urgente porque os problemas começaram a pipocar, ficando impossível ignorá-la. Mas ainda falta muito para tornar-se prioridade perante os governos. O resultado é que a minoria dos mais de 5 mil municípios possui usinas de reciclagem de entulhos, conhecem a coleta seletiva ou investem em aterros sanitários. “Se tivéssemos um 'Ministério do Lixo', seria o único ministério da República que não teria custos, seria sem dotação orçamentária”,(CALDERONI,2008) o autor contribuiu com propostas para a Política Nacional de Resíduos Sólidos, entre elas a do sistema de auto-declaração de empresas geradoras e transportadoras de resíduos, que permitiria aos governos maior controle, aproveitamento e redução do lixo gerado. Mas enfatiza que a Política precisa ser aperfeiçoada e que a grande deficiência está na área da reciclagem, na falta de adequação de instrumentos econômicos para assegurá-la.
Nos Estados Unidos, a reciclagem emprega diretamente meio milhão de pessoas, o dobro  do que emprega a indústria do aço no país. O engenheiro e coordenador do Núcleo de Geotecnia Ambiental da PUC - Rio, Tácio Mauro Campos, explica que reciclar já é uma profissão mundial e que o lixo não é inútil. “Ao reciclarmos papel, por exemplo, deixamos de cortar árvores e isso é favorável ao meio ambiente. Mas, além da natureza, a ação favorece toda a economia e às próprias empresas produtoras de papel”.
A reciclagem não afeta o lucro de empresas de produção de materiais possivelmente recicláveis, uma vez que a durabilidade do produto não permanece a mesma em longo prazo. “Existe um tempo para usar os materiais reciclados, não é perpétuo”.
 No caso do papel, a fibra perde a qualidade e não pode mais ser reciclado.
O consultor da Associação Ecológica Ecomarapendi e representante da Recicloteca do Rio, Eduardo Bernhardt, acredita que empresas do setor foram afetadas com a reciclagem no início de tudo, mas que a realidade hoje é diferente: “A situação hoje é reflexo de uma demanda de mercado. As empresas responderam com vistas comerciais, mas ajudaram a melhorar não só a qualidade ambiental, como a qualidade da consciência ambiental das pessoas também, que, curiosas, se informaram mais sobre o assunto” BERNHARDT (2009).     
 A ambientalista e Presidente do Instituto GEA Ética e Meio Ambiente, de São Paulo, Ana Maria Luz, acredita que falta mais conscientização.       
 A reciclagem está presente desde sempre na produção do papel, por exemplo. A indústria utiliza material usado na fabricação de novos papéis no Brasil e quase ninguém sabe. “Quanto maior for o interesse do consumidor em comprar produtos reciclados, maior será a possibilidade de aumentar esse mercado de forma bastante positiva” LUZ (2009).
Todos os autores atentam para a viabilidade da reciclagem do lixo com enfoque principalmente nas embalagens plásticas, pet, latas de alumínio e papelão.  No ano de 1970 o país viu-se mais possibilitado a realizar com maior extensão a reciclagem do lixo, isso se deu devido ao surgimento e criação de novas ferramentas e produtos que facilitavam a realização de cada processo para a reciclagem do lixo, o que inclui o retorno do lixo descartado para as indústrias e fabricas que reutilizam durante a produção de determinados produtos e serviços.A partir dai  surgiram vários projetos e programas de incentivo a reciclagem do lixo procurando conscientizar a população brasileira de como é danoso ao meio ambiente e consequentemente a todos os seres vivos esse descarte excessivo de lixo que é realizado diariamente e que prejudica todo o ecossistema do planeta. Atualmente o país gera por dia por volta de 195 milhões de kg de lixo o que resulta em aproximadamente 55 trilhões de Kg de lixo por ano, valores que corresponde a cerca 1,15 kg de lixo gerado diariamente por cada brasileiro. Por essa análise dá para ver os problemas gerados se todo esse lixo for descartado no meio ambiente, no entanto, o país mostra-se bastante atento a essas questões e realiza a reciclagem de grande parte do lixo. Para se ter uma idéia são 94% de alumínio reciclado; 77% de papelão reciclado; 50% de embalagens Longa Vida recicladas, entre outros que resultam em grandes benefícios para o país, por exemplo, na economia da energia elétrica durante a produção de produtos com matéria-prima reciclada..
ASPÉCTO SOCIAL DA RECICLAGEM.

A questão dos catadores

A política Nacional de Resíduos Sólidos em seu Cap. II DOS PRINCÍPIOS E OBJETIVOS Art. 6 Inciso VIII  Dispõe : “ O reconhecimento do resíduo sólido reutilizável e reciclável como um bem econômico e de valor social, gerador de trabalho e renda e promotor de cidadania (lei nº 12,305 de 02 de agosto de 2010)
O tratamento do lixo nos países em desenvolvimento obrigatoriamente contempla a questão dos catadores de materiais recicláveis.
Hoje, no Brasil, o trabalho dos catadores, organizados ou não, tem grande significado para as indústrias de reciclagem, sendo calculada sua participação em cerca de 60% do que é reciclado no país. Alimentam a cadeia dos materiais que chegam às indústrias a baixo custo e sem encargos trabalhistas (o que ocorre também quando são cooperativados). Em momentos de crise e baixa de preços, continuam com sua atividade de sobrevivência, submetendo-se aos preços e às interrupções nas compras.O crescimento da reciclagem industrial, desde o início do século XX, tem tido grande peso na economia de países ou regiões industrializadas.  ( EIGENHER,2009,P 119.)

No cenário brasileiro, um dos aspectos mais relevantes dessa questão é o papel que milhares de catadores de resíduos desempenham diariamente. Coletam, separam por categorias, compactam, acondicionam e comercializam os resíduos que são descartados por nós. “Ao exercerem estas atividades, são os maiores responsáveis pela inserção dos materiais recicláveis na cadeia produtiva da reciclagem de resíduos, pois coletam aproximadamente 90% dos resíduos que alimentam estas indústrias brasileiras” (MOVIMENTO NACIONAL DOS CATADORES DE MATERIAIS RECICLÁVEIS, 2009).
 No entanto, estes catadores e catadoras, que trabalham de maneira individual nas ruas, lixões, aterros ou organizados em cooperativas e associações, são ainda o elo mais frágil e penalizado dessa cadeia produtiva. Presentes no cenário dos resíduos há diversas décadas, estes profissionais vêm ampliando suas atividades na tentativa de se fortalecerem e avançarem na cadeia produtiva da reciclagem, principalmente por meio de organizações coletivas, quer seja no campo da produção (trabalho associado, formação de redes de comercialização e beneficiamento dos resíduos) ou, enquanto movimento social.  “Estima-se que exista no Brasil aproximadamente um milhão de catadores de materiais recicláveis” (CEMPRE, 2010), sendo que mais de 13 mil estão organizados em cooperativas, associações ou grupos informais. Isto significa que a grande maioria dos catadores trabalha individualmente nas ruas, lixões e aterros. Em 2010 foi aprovada a PNRS – a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305;) – com diversos objetivos, dentre eles a eliminação e recuperação dos lixões. A PNRS prevê a eliminação dos lixões associada à inclusão social e à emancipação econômica de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis. Estes trabalhadores não poderão simplesmente ser tolhidos de suas atividades e expulsos dos lixões. O governo deverá incentivar a criação e o desenvolvimento de cooperativas ou outras formas de organização coletiva de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis, como previsto no art. 7 Inciso XII “ Integração dos catadores dos materiais reutilizáveis e recicláveis nas ações que envolvam a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos” (lei nº 12,305 de 02 de agosto de 2010).
A PNRS também prioriza a implantação da coleta seletiva com a participação de empreendimentos coletivos de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis, formada por pessoas físicas de baixa renda. Essa é uma alternativa para a humanização e formalização do trabalho realizado pelos empreendimentos de catadores que poderão ser contratados para realizarem a coleta seletiva nas cidades, como já acontece em alguns municípios brasileiros.Mas, para que isso seja alcançado, outras atividades devem ser realizadas de maneira articulada ao processo de sensibilização e inserção dos catadores. Será fundamental um trabalho de conscientização e inclusão da população na responsabilidade pelo ciclo de vida dos produtos e na participação da coleta seletiva implementada nos municípios brasileiros, já que o descarte correto dos resíduos trará o aumento da quantidade e uma melhora na qualidade da matéria-prima a ser reciclada. 
COLETA SELETIVA
Dentre todos os países, a Alemanha é considerada o melhor paradigma em relação ao tratamento de seu lixo. Este modelo preconiza que é tarefa dos municípios coletarem os resíduos sólidos urbanos, tarefa que cada município desempenha a seu modo. O recolhimento dos materiais é feito através da coleta seletiva realizada nas casas e nos estabelecimentos comerciais, e através de pontos de coleta – que podem ser contêineres ou caixas colocadas nas ruas, em áreas designadas.
“A Alemanha serviu de modelo para a Comunidade Econômica Europeia e inspirou, no Brasil, a Lei que estabelece a Política Nacional de Resíduos Sólidos” (EIGENHER,2011)  .
O nosso país, a propósito, já acumula experiência em alguns processos de reciclagem, ocupando a primeira posição no ranking mundial de reaproveitamento de alumínio: por volta de 94% das latinhas são recicladas. Destaca-se igualmente na reciclagem do papelão, cujo aproveitamento chega a 77%. De embalagens Longa Vida, recicla-se por volta de 50%. A vantagem do alumínio é que ele possui a característica de voltar a seu estado inicial, após passar pelo processo de tratamento. Sua reciclagem economiza, em média, 95% da eletricidade que seria utilizada na produção da primeira lata, a partir da bauxita (mistura natural de óxidos de alumínio). Além disso, o valor da sucata de alumínio é maior do que qualquer outro material reciclável, e crescem as cooperativas de reciclagem de alumínio pelo país. Dentre as cidades, o exemplo de Curitiba, no Paraná, é emblemático: “através de autarquias, recicla-se perto de 30% da geração de resíduos sólidos domésticos da cidade”, (CONCEIÇÃO 2011) Caminhões recolhem o lixo seco, sem restos orgânicos, para que, desta forma, ele seja vendido a preços competitivos às indústrias de reciclagem. É a coleta seletiva mais barata do país. 
E os horizontes tendem a se expandir: “As tecnologias de reciclagem industrial se aperfeiçoam constantemente, buscam eficiência e controle da poluição de seus processos” (EIGENHEER,2011) .
Para viabilizar e facilitar a coleta seletiva o CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente em sua resolução n° 275 de 25 de abril de 2001 em seu art. 1 ° estabelece  o atual código de cores para os diferentes tipos de resíduos a ser adotado na identificação de coletores e transportadores , bem como nas campanhas informativas para coleta seletiva.
Padrão de Cores


AZUL
Papel / papelão

VERMELHO
plástico

VERDE
vidro

AMARELO
metal

PRETO
madeira

LARANJA
resíduos perigosos

BRANCO
resíduos ambulatoriais e de serviços de saúde

ROXO
resíduos radioativos

MARROM
resíduos orgânicos

CINZA
resíduo geral não reciclável ou misturado, ou contaminado não passível de separação




A coleta seletiva aqui abordada,está limitada a latas de alumínio, garrafas pet e plásticos diversos, papelão, embalagens longa vida e vidros, pois esses materiais constituem a maior parte do lixo reciclável doméstico gerado por condomínios residenciais. Em ordem de valor os itens se classificam :
ITEM
VALOR MÉDIO P/ KG (em 05/2013)
LATA DE ALUMÍNIO
R$ 2,72
GARRAFA PET
R$ 1,15
PLÁSTICO RÍGIDO
R$ 0,90
PAPELÃO
R$ 0,20
LONGA VIDA
R$ 0,20
VIDRO INCOLOR
R$ 0,15
VIDRO COLORIDO
R$ 0,09
           

            Fonte CEMPRE

COLETA SELETIVA EM CONDOMÍNIOS RESIDENCIAIS.
Os condomínios são na atualidade as células que formam o sistema residencial das grandes metrópoles e concentram grande número de famílias e geram grande parte dos resíduos sólidos em consequencia do consumo.  A implantação do sistema de coleta seletiva passa por treinamento do pessoal, conscientização dos condôminos além de algum investimento como será visto em seguida.
Roteiro para a implantação de programa de coleta seletiva em condomínios
Para a implantação de um programa de coleta seletiva em um condomínio residencial, devem ser seguidas as seguintes etapas.
A – Planejamento
A-1. Conhecer o lixo do local:
· Quantidade diária gerada
· De que materiais o lixo é composto e suas relativas proporções
· Qual caminho que o lixo faz: desde onde é gerado até onde é disposto para a coleta geral.
· Identificar se há materiais já coletados separadamente, se sim, para onde são encaminhados.
A-2. Conhecer as características do local.
· Instalações físicas (local para armazenagem, locais intermediários, etc.)
· Recursos materiais existentes (tambores, latões e outros que possam ser reutilizados)
· Quem faz a limpeza e a coleta normal do lixo, e como ela é feita
A-3. Conhecer o mercado dos recicláveis 
· Preços: podem ser observados através do boletim do CEMPRE
· Compradores: pode-se iniciar a pesquisa pela lista do CEMPRE
· Doação: uma opção para quem vai implantar a coleta seletiva é encaminhar os materiais para associações de catadores de materiais recicláveis.
A-4. Definir o aspecto operacional do projeto com base nos dados coletados .
 Decidir :
· Se a coleta vai ser de todos os materiais ou só dos mais fáceis de comercializar
· Se a coleta vai ser em um lugar só ou com pontos intermediários
· Quem vai fazer a coleta
· Onde vai ser estocado o material, inclusive o recolhimento com a freqüência necessária
· Para quem vai ser vendido ou doado o material
· Como vai ser o caminho dos recicláveis, desde o local onde é gerado até o local da estocagem
· Recursos materiais necessários
Com toda a parte anterior definida deve-se:
· Elaborar relação de aquisições necessárias.
· Elaborar relação do que pode ser recuperado
· Elaborar relação de adaptações necessárias
A-5. Educação ambiental 
.Essencial para o sucesso do programa envolve todas as atividades de informação, sensibilização e mobilização de todos os envolvidos.
· Listar todas as pessoas envolvidas:(moradores ,empregadas domésticas e funcionários do condomínio)
· Definir o tipo de informação  que cada segmento deve receber.
· Determinar quais  atividades elaborar para cada um, visando atingi-lo com mais sucesso e objetivo. (cartazes, palestras, folhetos, reuniões, festas, etc. Realizar uma variedade grande de atividades sempre é melhor, pois atinge mais pessoas. )
· Planejar a inauguração do programa: é hora de fazer alguma comemoração, exposição, palestra, treinamento, etc. Fazer dessa data algo marcante é algo que vale a pena e ajuda a alcançar muito mais gente.
B -Implantação
B-1. Em função de todos os dados levantados já se pode passar para uma previsão de quando lançar o programa. Deve-se levar em conta todos os materiais educativos / informativos, que precisam ser elaborados, tudo o que precisa ser comprado e / ou adaptado, reformado.
B-2. Divisão dos trabalhos.
.Nessa fase, como aparecem várias tarefas, contatos, que precisam ser feitos, é muito importante dividir os afazeres. Assim, o acerto com os sucateiros, a elaboração dos materiais educativos, a compra dos materiais, o treinamento do pessoal de limpeza, a organização da  inauguração do programa são tarefas executadas mais facilmente com a divisão de trabalho.

B-3. Acertos finais: 
.Pode-se resolver o que está pendente e finalmente, partir para a inauguração.
B-4. Inauguração do programa.
 Esta deve ser muito divulgada e ter sempre uma característica alegre, de festa, mas também, onde as informações principais possam ser repassadas.
 C -Manutenção
· Acompanhamento e gerenciamento da coleta, do armazenamento, venda ou doação dos materiais.
· Levantamento das quantidades coletadas.· Atividades contínuas de informação, sensibilização e incentivos; importantíssimo repassar os resultados, retomar os objetivos. Jornais, palestras, reuniões, gincanas, cartazes são instrumentos que devem ser utilizados.
· Balanço do andamento e resultado do programa
            Todas as ações e esforços para a implantação de um programa de coleta seletiva em condomínios, somente terão resultados positivos se os moradores estiverem engajados no programa, pois são eles os principais elementos do processo. Ao separarem o lixo antes do descarte, nas classes previamente estabelecidas: latas, garrafas plásticas e de vidro, papel e papelão, desempenham a função primordial na coleta seletiva, viabilizando todo o processo de reciclagem tornando-se os principais agentes de proteção ambiental e importantes colaboradores para toda uma cadeia de inserção social alimentada pela indústria da reciclagem.  Sua participação é, portanto, a pedra angular sobre a qual será construída uma nova sociedade, com responsabilidade no consumo, consciência coletiva fortemente focada na questão ecológica e valores voltados para a preservação do meio ambiente e inserção social.

SOLIDARIEDADE SOCIAL

Para que seja implantado um programa de coleta seletiva em um condomínio é necessária a participação de todos os moradores e uma conduta social próxima à solidariedade mecânica estudada pelo filósofo Émile Durkheim e aqui apresentada por Ribeiro( 2013 p.1)

Ao se debruçar sobre o estudo da sociedade industrial do século XIX, Émile Durkheim percebeu a importância de se compreender os fatores que explicariam a organização social, isto é, compreender o que garantia a vida em sociedade e uma ligação (maior ou menor) entre os homens. Chegou à conclusão de que os laços que prenderiam os indivíduos uns aos outros nas mais diferentes sociedades seriam dados pela solidariedade social, sem a qual não haveria uma vida social, sendo esta solidariedade do tipo mecânica ou orgânica.
Ribeiro (2013, p.1) explica.
Mas o que seria a solidariedade social? Para compreendê-la é preciso levar em consideração as ideias de consciência coletiva (ou comum) e consciência individual, também estudadas por esse autor. Cada um de nós teria uma consciência própria (individual) a qual teria características peculiares e, por meio dela, tomaríamos nossas decisões e faríamos escolhas no dia a dia. A consciência individual estaria ligada, de certo modo, à nossa personalidade. Mas a sociedade não seria composta pela simples soma de homens, isto é, de suas consciências individuais, mas sim pela presença de uma consciência coletiva (ou comum). A consciência individual sofreria a influência de uma consciência coletiva, a qual seria fruto da combinação das consciências individuais de todos os homens ao mesmo tempo. A consciência coletiva seria responsável pela formação de nossos valores morais, de nossos sentimentos comuns, daquilo que temos como certo ou errado, honroso ou desonroso e, dessa forma, ela exerceria uma pressão externa aos homens no momento de suas escolhas, em maior ou menor grau. Ou seja, para Durkheim a consciência coletiva diria respeito aos valores daquele grupo em que se estaria inserido enquanto indivíduo, e seria transmitida pela vida social, de geração em geração por meio da educação, sendo decisiva para nossa vida social. A soma da consciência individual com a consciência coletiva formaria o ser social, o qual teria uma vida social entre os membros do grupo. 
           
Nos estudos de Durkheim são descritos dois tipos de solidariedade social que surgem da consciência coletiva e são diretamente relacionados ao grau de desenvolvimento e de pertencimento dos indivíduos a sociedade que representam.  Nas sociedades de organizações mais simples , como nas indígenas, prevalece a solidariedade mecânica enquanto nas sociedades capitalistas como, por exemplo, nas grandes cidades, prevalece a solidariedade social orgânica.

“Numa sociedade de solidariedade mecânica, o indivíduo estaria ligado diretamente à sociedade, sendo que enquanto ser social prevaleceria em seu comportamento sempre aquilo que é mais considerável à consciência coletiva, e  não necessariamente seu desejo enquanto indivíduo. Conforme aponta Raymond Aron em seu livro As etapas do pensamento sociológico (1987), nesse tipo de solidariedade mecânica de Durkheim, a maior parte da existência do indivíduo é orientada pelos imperativos e proibições sociais que vêm da consciência coletiva.
Segundo Durkheim, a solidariedade do tipo mecânica depende da extensão da vida social que a consciência coletiva (ou comum) alcança. Quanto mais forte a consciência coletiva, maior a intensidade da solidariedade mecânica. Aliás, para o indivíduo, seu desejo e sua vontade são o desejo e a vontade da coletividade do grupo, o que proporciona uma maior coesão e harmonia social.
Este sentimento estaria na base do sentimento de pertencimento a uma nação, a uma religião, à tradição, à família, enfim, seria um tipo de sentimento que seria encontrado em todas as consciências daquele grupo. Assim, os indivíduos não teriam características que destacassem suas personalidades, como apontamos no exemplo dado em relação à tribo indígena, por se tratarem de uma organização social “mais simples”. (RIBEIRO, 2013)
            Segundo Ribeiro(2013 p.1) que o capitalismo e as divisões do trabalho deu origem ao que Durkheim denomina solidariedade orgânica, onde ocorre um processo de individualização dos membros da sociedade em que cada indivíduo é uma peça de uma grande engrenagem da sociedade na qual cada um tem sua função específica que é o que marca o seu lugar na sociedade e neste contexto a consciência coletiva tem o seu poder de influência reduzido.
Não há uma maior valorização daquilo que é coletivo, mas sim do que é individual, do individualismo propriamente dito, valor essencial – como sabemos – para o desenvolvimento do capitalismo. Contudo, apenas enquanto observação, é importante dizer que, ainda que o imperativo social dado pela consciência coletiva seja enfraquecido numa sociedade de solidariedade orgânica, é preciso que este mesmo imperativo se faça presente para garantir minimamente o vínculo entre as pessoas, por mais individualistas que sejam. Do contrário, teríamos o fim da sociedade sem quaisquer laços de solidariedade. (RIBEIRO, 2013)
Os moradores de condomínios das grandes metrópoles por estarem inseridos numa sociedade capitalista, moderna, agem com a consciência coletiva caracterizada pela forma de solidariedade orgânica na qual predomina o individualismo.  Contudo, para o bem da sociedade moderna é fundamental que a consciência coletiva seja cada vez mais fortalecida nos condomínios, principalmente em torno das atividades voltadas para a preservação do meio ambiente, como é o caso da coleta seletiva .

CONSIDERAÇÕES FINAIS
           
O presente estudo buscou explicar de forma simples o que vem a ser a logística reversa ao apresentar suas definições, seus grupos e subgrupos e seu papel primordial na atual gestão ambiental, em vista dos problemas gerados pelo excessivo descarte de resíduos sólidos constituídos dos mais diversos materiais em aterros e lixões, causando danos ao meio ambiente além de representar enorme desperdício de matérias primas reutilizáveis e recicláveis.
 Através desse estudo concluiu-se que o problema da geração de resíduos sólidos em virtude do consumo, onde podemos destacar as embalagens, os produtos descartáveis, as latas de alumínio o papel e o papelão é também uma solução para um outro problema que é o desemprego, a informalidade e o abandono econômico social de pessoas que obtém o seu sustento por intermédio da coleta e comercialização desse material.  Identificou-se a coleta seletiva, sobretudo nos grandes centros urbanos como principal ferramenta capaz de viabilizar o retorno de matérias primas recicláveis ao setor produtivo e, tendo em vista o novo paradigma de moradias das grandes cidades, em forma de condomínios residenciais, procurou-se enfocar a importância da implantação do sistema de coleta seletiva nos condomínios com a participação ativa dos moradores.  Por fim ficou exposto, de forma inconteste, a responsabilidade de todos os cidadãos pela preservação do meio ambiente e pela valorização dos bens recicláveis como instrumentos de geração de renda e cidadania, se não por consciência própria, pela força das leis que constituem  a nova Política Nacional de Resíduos Sólidos.
Este estudo procurou contribuir com o início do equacionamento das questões práticas que envolvem a logística reversa nos grandes centros urbanos ao atribuir primeiramente aos condomínios residenciais a grande responsabilidade pela geração de grande parte do lixo urbano e identificar a implantação sistemática de coleta seletiva com a participação ativa dos seus moradores em todos os condomínios como a mais importante ferramenta a ser empregada pela sociedade nesse primeiro momento e certamente não a única.
O equacionamento total da questão está longe de ser alcançado em função da imensa complexidade dos diversos fatores que a envolvem, fatores econômicos, políticos, sociais e comportamentais, que foram todos abordados nesse trabalho, ainda que de forma sucinta, com base em pesquisa bibliográfica de autores dessas áreas, publicados em livros, revistas acadêmicas e na internet .
Este estudo poderá servir de base a futuros trabalhos práticos, já que realizou uma fusão dos estudos sobre o assunto.

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